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terça-feira, 16 de junho de 2015

Senado aprova Estatuto da Pessoa com Deficiência

  


O Plenário do Senado aprovou, nesta quarta-feira (10), por unanimidade, o projeto de autoria do senador Paulo Paim (PT-RS) criando a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência. Como já passou pela Câmara, a propostasegue agora para sanção presidencial.
Conhecido como Estatuto da Pessoa com Deficiência, o projeto (SCD 4/2015) teve como relator o senador Romário (PSB-RJ). Romário é pai de uma garota com síndrome de Down, Ivy. Emocionado, o senador resumiu o significado da aprovação do projeto:
- Hoje é um dia mais que especial não só para esta Casa, não só para um pai com uma filha que tem uma deficiência, mas para o nosso país. Acredito que nós vamos ter a oportunidade de, definitivamente, ajudar a melhorar a qualidade de vida de mais ou menos 50 milhões de pessoas, fora os seus familiares – disse.
Romário recordou a luta histórica das pessoas com deficiência que, segundo ele, foi marcada pela incompreensão e preconceito desde o Brasil Colônia. O senador se disse honrado de apresentar a relatoria da proposta e disse ter plena consciência de que o texto, apesar de resgatar a dignidade dessas pessoas e corrigir uma injustiça histórica, não esgota o assunto.
- Hoje é a chance da gente se redimir de tudo de ruim e negativo que vem acontecendo com essas pessoas, mas novos projetos ainda serão apresentados para aprimorar a proposta e contemplar de forma mais adequada determinados segmentos da sociedade – explicou.
O senador Paulo Paim homenageou todos os relatores e aqueles que trabalharam diretamente na aprovação da proposta que, segundo ele, permaneceu em debate por mais de 20 anos. O senador, que disse ter tido um aprendizado único ao conviver com sua irmã cega, afirmou que, de todos os projetos, esse é o de que ele sente mais orgulho.
- Se há um projeto, dos mil que apresentei, que tenho maior orgulho de ter participado da votação é o Estatuto da Pessoa com Deficiência – disse.
O presidente do Senado, Renan Calheiros, afirmou que o Brasil vem dando passos importantes na adoção de políticas públicas voltadas para a inclusão das pessoas com deficiência e ressaltou o protagonismo do Senado na evolução dessa matéria no país.
Uma vez mais esta Casa dirige seus esforços na construção de uma sociedade mais justa, fraterna, solidária e igualitária – comemorou.
Solidariedade
Os senadores Lindbergh Farias (PT-RJ), Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), Fátima Bezerra (PT-RN), Omar Aziz (PSD-AM), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Lúcia Vânia (PSDB-GO) e Ronaldo Caiado (DEM-GO) subiram a tribuna para expressar a felicidade de votarem uma proposta tão importante para milhões de brasileiros.
Caiado destacou que o projeto é o mais inclusivo e moderno já redigido para atender pessoas com deficiência. Já Valadares ressaltou que a aprovação da proposta reafirma o espírito de solidariedade do Congresso e da sociedade brasileira “em torno de pessoas que merecem o respeito de todos”.
Estava presente na votação, que teve tradução em libras, a relatora do projeto na Câmara dos Deputados, deputada Mara Gabrilli (PSDB-SP).
Inclusão social
A proposta prevê uma série de garantias e direitos às pessoas deficientes. Pelo texto, fica classificada como "pessoa com deficiência" aquela que tem impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, que podem obstruir a sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.
A tônica do projeto, com mais de 100 artigos, é a previsão do direito de as pessoas com deficiência serem incluídas na vida social nas mais diversas esferas por meio de garantias básicas de acesso, a serem concretizadas por meio de políticas públicas ou de iniciativas a cargo das empresas.
Um dos pontos é o direito ao auxílio-inclusão para a pessoa com deficiência moderada ou grave. Terá direito ao auxílio quem já recebe o benefício de prestação continuada previsto no Sistema Único de Assistência Social (Suas) e que venha a exercer atividade remunerada que a enquadre como segurado obrigatório da Previdência Social.
O FGTS também poderá ser utilizado na aquisição de órteses e próteses.
O texto aprovado proíbe expressamente instituições de ensino privadas de cobrarem mais de alunos deficientes, além de as obrigarem a reservar no mínimo 10% das vagas nos processos seletivos de ensino superior e de formação técnica.
Na área da saúde, proíbe os planos de praticarem qualquer tipo de discriminação à pessoa em razão de sua deficiência.
Os teatros, cinemas, auditórios e estádios passam a ser obrigados a reservar espaços e assentos adaptados. Na área do turismo, os hotéis também deverão oferecer uma cota de 10% de dormitórios acessíveis.
Garante-se, finalmente, o recebimento, mediante solicitação, de boletos, contas, extratos e cobranças em formato acessível.
Cotas
O texto aprovado estabelece que empresas com 50 a 99 empregados terão de reservar pelo menos uma vaga para pessoas deficientes ou reabilitadas. Atualmente, as cotas devem ser aplicadas pelas empresas com mais de 100 empregados. Os percentuais continuarão variando entre 2% e 5% do total das vagas. As empresas terão três anos para se adaptarem.
Para estimular a contratação de deficientes, a proposta muda a Lei de Licitações (8.666/1993) de maneira a permitir o uso de margens de preferência para as empresas que comprovem o cumprimento da reserva de vagas.
O projeto determina ainda que somente a contratação direta será levada em conta, excluído o aprendiz com deficiência de que trata a Lei da Aprendizagem.
Cadastro
O texto também cria o Cadastro Nacional de Inclusão da Pessoa com Deficiência com a finalidade de coletar e processar informações destinadas à formulação, gestão, monitoramento e avaliação das políticas públicas para as pessoas com deficiência e para a realização de estudos e pesquisas.
Prioridades
Várias prioridades passam a ser garantidas às pessoas com deficiência, como na tramitação processual, recebimento de precatórios, restituição do Imposto de Renda, além de serviços de proteção e socorro.
O texto estabelece as seguintes cotas mínimas para deficientes:
  • 3% de unidades habitacionais em programas públicos ou subsidiados com recursos públicos;
  • 2% das vagas em estacionamentos;
  • 10% dos carros das frotas de táxi;
  • 10% das outorgas de táxi;
  • 5% dos carros de autoescolas e de locadoras de automóveis deverão estar adaptados para motoristas com deficiência;
  • 10% dos computadores de lan houses deverão ter recursos de acessibilidade para pessoa com deficiência visual.

Janío e ALERJ aprovaram vale-transporte para visitantes de bandidos presos, com nosso dinheiro



Do jeito que as coisas vão na ALERJ a cidade de Cabo Frio e a Região dos Lagos pode dizer que seguimos sem nenhum deputado nos representando.

O deputado estadual Janío Mendes (PDT) e mais 37 deputados votaram a favor do vale-transporte para visitantes de bandidos presos.

É isso mesmo que você leu, estuprador, homicida, vagabundo que cometeu latrocínio (assalto seguido de morte), traficante, e toda a ordem de criminosos de facções criminosas passaram a ter visita íntima (FAZER SEXO na cadeia), receber a visita de parentes que levam lanchinho, pagos com nosso dinheiro, EU e VOCÊ vamos patrocinar a visita dos parentes desses vagabundos.

Já os parentes de suas vítimas não têm direito nem mesmo a vale-transporte para visitá-las nos hospitais, ou cemitérios, pois muitos das vítimas desses vagabundos, estupradores e assassinos, estão hoje morando no cemitério, ou passaram meses internados para se recuperarem (caso consigam) desses crimes bárbaros que a sociedade tem sido refém.

Graças a gente que nem o Sr. Janío Mendes os cidadãos de bem, terão que pagar a condução dos visitantes daqueles que os roubaram, feriram, espancaram, estupraram e/ou mataram.

Eu Álex Garcia tenho nojo de políticos como Janío Mendes que defende bandido ao invés de defender a sociedade, políticos como o senhor precisam ser banidos da vida pública, quem defende bandido não pode receber voto de pessoas de bem.

Segue a listagem completa dos deputados estaduais que nos obrigaram a pagar visita de bandido na cadeia: Ana Paula Rechuan, André Ceciliano, Bebeto, Benedito Alves, Bruno Dauaire, Carlos Minc, Daniele Guerreiro, Dionísio Lins, Dr. Julianelli, Dr. Sadinoel, Edson Albertassi, Eliomar Coelho, Enfermeira Rejane, Fábio Silva, Janío Mendes, Jorge Fellipe Netto, Luiz Martins, Luiz Paulo, Luiz Martins, Marcelo Freixo,  Marcelo Simão, Márcia Jeovani, Martha Rocha, Milton Rangel, Nelson Gonçalves, Paulo Ramos, Pedro Augusto, Pedro Fernandes, Renato Cozzolino, Rosenverg Reis,  Samuel Malafaia, Tânia Rodrigues, Thiago Pampolha, Tia Jú, Tio Carlos, Wagner Montes, Wanderson Nogueira, Zaqueu Teixeira, Zidan,

Votaram “não” a esse absurdo os Senhores Deputados: Filipe Soares, Flavio Bolsonaro e Zito.

Reproduzo agora o voto de Bolsonaro: "Sr. Presidente, os criminosos têm que pensar um pouco melhor antes de tirarem vidas, de assaltarem, de estuprarem, sequestrarem as pessoas. E, obviamente, nem sempre a ementa do Projeto diz tudo sobre o Projeto. Tenho certeza de que a população do Rio de Janeiro não quer que o dinheiro dos impostos que ela paga seja usado para pagar vale-transporte para familiares e visitantes de presos, tenho convicção de que não quer isso. Então, Sr. Presidente, o preso já custa muito caro para o cidadão. Não temos que arcar com mais essa conta. Espero que esta Casa também não tire dos seus cofres o dinheiro para pagar vale-transporte para os visitantes de presos no Rio de Janeiro. Encaminho o voto contra."

BRASIL

Deputados do Rio aprovam vale-transporte para familiares de presos

Proposta, de parlamentar da base aliada do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), já causa polêmica; benefício ainda poderá ser estendido a parentes de menores infratores

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O país tem quase meio milhão de detentos e 43% da população carcerária é provisória
Governo Pezão promete se posicionar até o próximo dia 27
Os deputados da Assembleia Legislativa do Rio aprovaram em votação um projeto de lei que prevê o pagamento de vale-transporte para os parentes de presos nos deslocamentos para visitas às unidades prisionais do Estado. A proposta, de um parlamentar da base aliada do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), segue agora para sanção ou não do peemedebista.

Elaborado pelo deputado André Ceciliano (PT-RJ), o projeto foi aprovado em segunda votação na última quinta-feira (11) por 38 votos a 3 na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio).
Mesmo sem ainda ter se tornado lei, a proposta já causa discussão e polêmica -ainda mais num momento em que o Estado do Rio passa por cortes em seu orçamento. "É um absurdo. Estamos falando de pessoas que praticaram crimes, muitas vezes mataram pessoas. Não podemos usar dinheiro de impostos com uma coisa dessas", disse o deputado estadual Flávio Bolsonaro (PP-RJ), um dos três parlamentares a votar contra a medida.
O projeto foi votado como parte do programa de "Humanização no Atendimento aos familiares e visitantes de detentos". De acordo com Ceciliano, a ideia é aproximar o preso de suas famílias. Dessa forma, acredita o deputado, a presença familiar irá estimular a ressocialização dos detentos.
O petista disse que não estipulou quem deve bancar o plano, pois quer deixar o governador com liberdade para tomar esta decisão.
Atualmente, o sistema penitenciário do Rio tem cerca de 35 mil detentos, de acordo com levantamento do CNJ (Conselho Nacional de Justiça).
O projeto não estima quanto será custo com o vale-transporte. O governo Pezão analisa o projeto do petista e promete se posicionar até o próximo dia 27.
Extensão de benefício
O projeto de lei nem foi sancionado pelo governador e um outro já aguarda para entrar em votação na Alerj. De acordo com a nova proposta, o pagamento de vale-transporte também seria extensivo a parentes de menores infratores internados no sistema sócio-educativo do Rio.

quarta-feira, 10 de junho de 2015

SERVIÇO: Cartilha orienta aposentados sobre ações com chances reais de vitória. Confira

Aposentados criticam desvinculação de reajustes das aposentadorias do salário mínimo
Paulo Araújo/Agência O Dia
Aposentados criticam desvinculação de reajustes das aposentadorias do salário mínimo
As reivindicações dos aposentados são muitas e se dividem em várias questões que frequentemente vão parar no Judiciário. Mas no fim das contas, o problema é um só: o que se ganha nunca é o mesmo que se contribui. Ao longo da história da Previdência no País houve muitas fórmulas de correção e cálculo dos benefícios, mas nenhuma garantiu aos segurados receber o que pagavam. Na cartilha ao final da matéria, confira as ações judiciais que podem ajudar a minimizar as perdas.
“A pior fórmula de cálculo até hoje é a do fator previdenciário, que reduz os ganhos dos aposentados em até 40%. É pior do que antigamente, quando era feita uma média das últimas 36 contribuições”, afirma Yedda Gaspar, presidenta da Federação das Associações de Aposentados e Pensionistas do Rio (Faaperj).
O fator foi aprovado em 1999, como parte da reforma da Previdência Social iniciada no ano anterior. O cálculo considera o tempo de contribuição, a alíquota e a expectativa de vida do segurado no momento da concessão do benefício. Na prática, reduz o valor da aposentadoria para quem se aposenta mais cedo.
Uma alternativa a este cálculo, a Fórmula 85/95 depende agora apenas da aprovação da presidente Dilma Rousseff (PT).
Há ainda o problema da correção dos benefícios com valor acima de um salário mínimo (R$ 788), que atualmente é feita pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). A crítica é que o reajuste fica menor que o do salário mínimo nacional, em que o aumento é baseado no INPC, mais o PIB de dois anos antes.
Para o advogado da Faaperj, João Gilberto Araújo Pontes, o que mais prejudica os aposentados hoje é a desvinculação do benefício do mínimo. “Ao longo do tempo o benefício se desvaloriza muito e esse cálculo é a principal causa das perdas”, explica. Já houve pedidos para mudar essa situação, mas foram todos negados pela Justiça.
Mário Moura Gomes, 79 anos, aposentado desde 1985, é um dos exemplos de trabalhadores que apesar de contribuírem com valores altos à Previdência, hoje recebem menos da metade. “Eu contribuía com 18 salários mínimos, depois reduzi para 12 porque me disseram que não valia a pena pagar tanto, mas me aposentei com apenas 7,6 salários. Hoje, recebo três”, lamenta.
A sensação é de revolta também entre os amigos Benito Passos, 79, Arturo Banzaz Illodo, 79, Manuel Mouro Costa, 83, José Maria Juarez, 80, José Antônio Basante, 81, e Manoel Martinez, 87. “Nem adianta entrar na Justiça. Não existe respeito com os aposentados”, desabafa Benito.
Manuel Francisco Lopes, 86 anos, espera até hoje o resultado de uma ação na Justiça: “Pedi revisão da aposentadoria e ganhei, mas ainda não recebi nada”.
Busca por direitos é importante, mas exige cuidados
Há casos em que idosos têm direito à revisão da aposentadoria, com chances reais de ganho na Justiça, mas é preciso cuidado para não cair no conto do vigário. O ideal é buscar orientação de entidades representativas ou advogados de confiança. Jamais confiar em profissionais que fazem abordagem nas ruas ou por cartas.
Para Yedda Gaspar, presidenta da Faaperj, a categoria não pode ficar parada e deve correr atrás dos seus direitos. “Temos uma força grande no Rio de Janeiro, graças à nossa mobilização. Por isso conseguimos conquistar direitos que em outros estados as pessoas nem sabem que têm”, diz.
Especialista em Direito Previdenciário, Pedro Luciano Dornelles afirma que o Sul e o Sudeste têm um histórico de conquistas importantes para os aposentados na Justiça. “As discussões acerca destes assuntos sempre se iniciam aqui, que é onde estão os sindicatos e associações fortes. No Norte e no Nordeste é mais difícil”, explica.
Especialista explica como declarar aposentadoria no Imposto de Renda; veja
VEJA AS AÇÕES QUE TÊM POUCAS CHANCES DE OBTER GANHOS
Mesmo que pareçam justas, algumas questões dificilmente têm decisão favorável aos aposentados
SALÁRIO MÍNIMO
Hoje, o reajuste dos aposentados que recebem acima do salário mínimo é feito com base no INPC, um índice de inflação. A categoria luta para receber os mesmos índices de reajuste do mínimo, que são o INPC, mais o PIB dos últimos dois anos. “Isso já foi derrubado pelo Supremo [Tribunal Federal]”, diz Pedro Dornelles, especialista em Direito Previdenciário. “Tem pessoas que se aposentam com três salários e hoje ganham um. Essa é a principal causa das perdas”, avalia o advogado da Faaperj, João Gilberto Pontes.
REVISÃO
Antes de 1988 as aposentadorias eram corrigidas com base nas Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional (ORTN). Quem recebeu benefício nessa época pode ter tido prejuízo, mas segundo Pontes, é muito difícil conseguir a revisão da aposentadoria na Justiça.
BURACO NEGRO
Com a promulgação da Constituição Federal, em 1988, o indicador ORTN parou de ser utilizado. E até 1991, a aposentadoria não teve parâmetro de reajuste. Há diversos casos de aposentados que tiveram prejuízo com isso, mas mesmo entrando na Justiça não conseguem recuperar as perdas. O caso ficou conhecido como ‘Buraco Negro’.
BURACO VERDE
Em 1991 foi criada uma nova fórmula de correção dos benefícios, mas não era suficiente para cobrir a inflação. Segundo Pontes, houve ações na Justiça para tentar recuperar essas perdas, mas não foram conseguidas decisões favoráveis aos aposentados. Em referência ao buraco negro, o caso foi apelidado de buraco verde.
NOVO ÍNDICE
Atualmente, os aposentados e pensionistas do INSS reivindicam na Justiça que a correção dos benefícios seja feita pelo IGP-DI (Índice Geral de Preços — Disponibilidade Interna), o que reverteria as perdas que a categoria tem com o reajuste pelo INPC, índice usado atualmente. “Mas o Supremo decidiu manter do jeito que está”, afirma Pontes, da Faaperj.
VEJA AS AÇÕES COM MAIS CHANCES DE OBTER GANHO NA JUSTIÇA
Confira as causas que, segundo advogados, têm mais decisões favoráveis aos aposentados
PERDAS POR INVALIDEZ
Advogado da Faaperj, João Gilberto Araújo Pontes explica que foram reconhecidas pelo STF perdas sofridas por quem se aposentava por invalidez. No entanto, o INSS estabeleceu que o pagamento dessa diferença seria feito apenas em 2020, por falta de receita. Segundo o advogado, quem entra na Justiça consegue antecipar esse pagamento.
ATIVIDADE ESPECIAL
Advogado especializado em Direito Previdenciário, Pedro Dornelles afirma que já está pacificada a conversão do tempo da atividade especial para quem recebe insalubridade ou periculosidade. Ou seja, a cada 10 anos trabalhando em atividade especial a pessoa consegue descontar quatro anos para a aposentadoria. “Além disso, quem fecha 25 anos de serviço na especial consegue ter aposentadoria integral, sem o fator previdenciário”, avisa.
URV
Quem teve aposentadoria concedida entre março de 1994 e fevereiro de 1997 tem direito à revisão do benefício, que tinha como fator de reajuste a URV (Unidade Real de Valor). Segundo Pontes, o INSS chegou a pagar a diferença, mas alguns não receberam.
DUPLA CONTRIBUIÇÃO
Para quem tem dois empregos, o fator previdenciário só deve ser aplicado na primeira atividade, de acordo com Dornelles. “Na atividade secundária (com menos tempo de serviço) não incide fator. O aposentado pode entrar na Justiça”, afirma.
EMENDA 40
Após a Emenda Constitucional 40, de 2003, trabalhadores que contribuíam para a Previdência pelo teto tiveram perdas. O erro foi reconhecido pelo INSS, mas o STF só autorizou o pagamento da correção a quem se aposentou a partir de 1991. Para o advogado João Gilberto Araújo Pontes, aqueles que tiveram benefício concedido antes desse ano podem recorrer na Justiça. Mas só recebem o valor retroativo aos últimos cinco anos.

Previdência privada para crianças entra na moda e investimento cresce nesse novo segmento

Thaís Restom, do Portal Previdência Total
O nascimento dos filhos representa um momento precioso na vida de grande parte dos casais, assim como também requer maior atenção aos gastos futuros. Além do custo com fraldas, vacinas e alimentação nos primeiros anos da criança, logo virão as necessidades que mais pesam no bolso, como a faculdade e a compra do primeiro carro. Pensando nisso, os pais devem procurar investimentos que garantam um futuro tranquilo aos filhos.
A previdência privada voltada para crianças tem sido uma opção cada vez mais procurada. Segundo a Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi), os recursos destinados aos planos privados de previdência infantil somaram R$ 1,9 bilhão em 2014, um crescimento de 12,17% em relação ao mesmo período de 2013. Só em março deste ano, os planos para crianças já receberam mais de R$ 185 milhões em novos investimentos.
Dados das principais seguradoras no país, que oferecem planos de previdência privada para menores de 21 anos, comprovam essa tendência de crescimento. De acordo com a Brasilprev, o número de planos voltados a esse público cresceu 22% entre 2010 e 2014, ao mesmo tempo em que o tíquete médio aportado evoluiu 31%, de R$ 100,00 mensais para R$ 131,00 em quatro anos.
Na Bradesco Seguros, a adesão ao produto de previdência privada voltado para crianças vem se mantendo constante desde 2013. Atualmente, cerca de 250 mil pessoas fazem esse tipo de investimento, representando 16% da carteira de planos individuais da seguradora. “As mulheres são maioria (53%) quando a decisão envolve planos para menores com o objetivo de assegurar a educação dos filhos”, conta Lúcio Flávio de Oliveira, presidente da Bradesco Vida e Previdência e vice-presidente da FenaPrevi.
Modalidades e tributação
Ao contratar um plano de previdência privada para uma criança, assim como no caso dos planos individuais, o responsável financeiro deve optar por uma das modalidades do produto: PGBL ou VGBL. Além disso, o investidor deve escolher o regime de tributação, que pode ser pela tabela progressiva ou regressiva, levando em consideração a finalidade para a qual os recursos estão sendo investidos e a data para a utilização do valor acumulado.
Soraia Fidalgo, gerente de inteligência e gestão de clientes da Brasilprev, recomenda o plano PGBL para as pessoas que fazem a declaração do Imposto de Renda no modelo completo, já que é permitida a dedução das contribuições da base de cálculo do IR, até o limite de 12% da renda bruta anual. “Já o produto VGBL é indicado para quem faz a declaração no modelo simplificado é isento do pagamento de imposto ou já usufrui da dedução fiscal de 12% em outros planos de previdência complementar”, diz.
Em relação aos regimes de tributação, Soraia Fidalgo explica que, no caso de resgate na tabela progressiva, o investidor estará sujeito à retenção de 15% de IR na fonte e compensação na declaração anual com base na tabela em vigor.
“E, na tabela regressiva, os pais serão menos tributados de acordo com o tempo decorrido de cada aporte até o momento de seu resgate, iniciando com uma alíquota de 35%, atingindo um patamar mínimo de 10% após 10 anos”, afirma.
Produtos
A Bradesco Seguros tem atualmente dois modelos de previdência privada que atendem ao público infantil, o“Sob Medida PrevJovem Bradesco PGBL ou VGBL” e o “De Pai para Filho Geração 2”. O primeiro permite uma contribuição mensal a partir de R$ 50,00 e a taxa de administração diminui automaticamente à medida que a reserva aumenta. “Além disso, permite contribuições esporádicas e aportes adicionais a qualquer momento. Em caso de morte do titular do plano, o saldo acumulado pode ser resgatado pelo beneficiário”, conta o presidente da seguradora Lúcio Flávio de Oliveira.
Já no segundo modelo, a contribuição mensal pode ser a partir de R$ 30,00, e não há carência em caso de morte acidental do segurado. “Caso ocorra o falecimento do titular, uma renda mensal será revertida ao beneficiário indicado, até que ele complete 24 anos. Senão, o beneficiário somente poderá resgatar o valor acumulado após esta idade”, complementa Oliveira.
Na Brasilprev, o produto oferecido para menores de 21 anos – Brasilprev Junior – representa 36% do total de planos da seguradora. Ele pode ser feito tanto em nome do responsável financeiro como da criança. Neste último caso, a reserva do plano pode ser usufruída aos 18 anos de idade, mesmo sem a autorização do responsável. “As taxas de carregamento e administração variam de acordo com a reserva do plano, o tipo de fundo, o tempo de permanência e o nível de relacionamento do cliente com o Banco do Brasil. O plano infantil também permite a contratação por pais, tios e avós com apenas R$ 25,00 mensais, o menor tíquete do mercado”, esclarece Soraia Fidalgo.
A Porto Seguro Previdência também oferece planos infantis: “Rubi”, “Rubi Plus”, “Rubi Premium”, “Diamante” e “Diamante Plus”, que se diferem basicamente pelo valor do aporte inicial. Segundo a gerente comercial da seguradora, Evely Silveira, a aplicação pode ser a partir de R$ 100,00. “Também não há cobrança de taxa de carregamento na entrada e quanto maior o tempo de permanência no plano e o valor de reserva, menor será a taxa de carregamento cobrada na saída do plano, podendo até ser zerada”, explica.
Pé-de-meia
Segundo os especialistas, além de estimular o planejamento e a educação financeira por meio do sistema de aportes mensais, a previdência privada é um investimento atrativo para períodos de longo prazo e tende a oferecer uma rentabilidade diferenciada se comparada a outros produtos financeiros em um horizonte superior a 36 meses.
O presidente da Bradesco Vida e Previdência, Lúcio Flávio de Oliveira, afirma que com uma contribuição mensal de R$ 100,00 a partir dos 6 meses de idade do filho, tanto no plano PGBL quanto no VGBL, já é possível conquistar um bom “pé-de-meia” para o futuro da criança. “Contribuir com este valor durante 17 anos com o objetivo de comprar um carro popular para o filho, por exemplo, resultará em aproximadamente R$ 33,7 mil de reserva para quando ele completar 18 anos de idade”, calcula o executivo.
De acordo com Evely Silveira, da Porto Seguro Previdência, ao contratar um plano de previdência, mesmo com um valor a partir de R$ 100,00 por mês, as contribuições são investidas em fundos exclusivos de previdência, que podem ser de renda fixa ou variável. “A escolha do tipo do fundo vai de acordo com o perfil de risco do investidor, que poderá mudá-lo a qualquer momento ao longo da vigência do plano”, ressalta.