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sexta-feira, 4 de setembro de 2015

ENTRAVE | Greve do INSS prejudica entrada nos pedidos de aposentadoria pelo país

NOTÍCIAS
Globo - Não há previsão de quando os atendimentos vão voltar ao normal.
A greve do INSS já está perto de completar dois meses e a reclamação é a mesma em todo o país: ninguém consegue dar entrada no pedido de aposentadoria.
Em muitas capitais, isso só vai possível no ano que vem. Quem já conseguiu agendar o atendimento deve ir a um posto INSS e tentar conseguir algum comprovante que foi lá no dia marcado, guardar também todos os papéis com as datas de agendamento. Isso é importante como prova para a contagem de tempo para recebimento do benefício. Outro caminho para casos urgentes, e não é um caminho fácil, é procurar a Justiça.
Em vários lugares os grevistas não estão cumprindo a determinação da Justiça de manter 60% dos funcionários das agências trabalhando. Em um dos maiores postos de atendimento do INSS no Distrito Federal, a equipe do Bom Dia Brasil não teve autorização para entrar. A informação é que 60% dos funcionários estão trabalhando, mas, se é caso de aposentadoria, esquece. Parece brincadeira, mas é verdade. Não há atendimento para quem quer se aposentar, nem para os que têm hora marcada. Até esses estão tendo que fazer reagendamento. Sabe para quando? A partir de janeiro do ano que vem.
Culpa da greve. A explicação foi da responsável pelo posto que não quis gravar entrevista e nos contou também que só estão dando conta de resolver os salários-maternidade, pensões por morte e perícias.
Agora quem precisou de perícia em outro posto, no Centro de Brasília, advinha? Não conseguiu fazer. E olha que todos estavam lá na listinha de atendimentos do dia. “Disseram que não tem médico, estão em greve, e remarcaram”, conta Genivaldo de Pádua.
O segurança contou que só tinha 30% do pessoal do atendimento. Aposentadoria na agência para agora não tem. A solução? O agendamento por telefone.
No Ceará não está diferente. No estado os servidores estão em greve há mais de 50 dias. O Sindicato dos Servidores afirma que 90% das agências estão fechadas e nas outras funciona apenas a perícia. Os grevistas calculam que mais de 160 mil pessoas estão prejudicadas.
E em Goiás? O mesmo sofrimento. Em Goiânia tem seis agências da Previdência Social. O Bom Dia Brasil foi até cinco e em todas ouviu a mesma informação: lá dentro só estão os médicos peritos e para saber sobre qualquer outro tipo atendimento tem que ligar no 135.
Bom Dia Brasil: Ninguém pode vir aqui para falar com a gente, nenhum funcionário?
Vigilante: Não, eles não estão não. São estagiárias. Elas não sabem de nada!
Na Bahia, também está difícil, mas a preferência tem sido para as aposentadorias. Em Salvador, o comando de greve diz que a adesão ao movimento é de 95%. O Bom Dia Brasil percorreu quatro das oito agências do INSS na cidade, todas praticamente paradas. Em apenas uma, alguns tipos de perícia estão sendo realizados, e em outra a equipe apurou com servidores que, apesar da greve, alguns poucos agendamentos para dar entrada em pensão e aposentadoria estão sendo cumpridos.
Mas quem não conseguiu, um conselho da advogada especialista em previdência Thaís Riedel: comparecer na data marcada é importante, porque é a data que vai contar para o pagamento do benefício. “É um direito constitucional dos servidores, mas tem ali um direito alimentar das pessoas. Então elas devem provar que realmente fizeram o agendamento, que remarcaram, e exigirem que haja a retroação do direito”, afirma.
O INSS não quis participar da reportagem, e não há previsão de quando os atendimentos vão voltar ao normal. O INSS confirma que, durante a greve, vai considerar a data originalmente agendada para conceder os benefícios. Vale ligar para o número 135 para se informar sobre a situação do atendimento nas agências e reagendar os serviços.

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