INSS: Congresso trai o País e mantém veto ao reajustes das aposentadorias pela variação do salário mínimo
COBAP acompanhou votações e classifica como palhaçada a covardia de dezenas de parlamentares
VERGONHOSO E LAMENTÁVEL! Para decepção da nação, o Plenário do Congresso Nacional manteve nesta quarta-feira, 18 de novembro, o veto presidencial ao reajuste dos benefícios de aposentados e pensionistas do INSS pelas mesmas regras da política de valorização do salário mínimo.
O veto ditatorial recebeu 160 votos favoráveis e 211 votos pela derrubada, 46 a menos do que o necessário na Câmara dos Deputados. Como o veto foi mantido na Câmara, não houve necessidade de votação pelos senadores.
Mentindo na cara dura, o deputado Sílvio Costa (PSC-PE), disse que a derrubada do veto poderia gerar um custo adicional à Previdência Social de R$ 11 bilhões, o que, segundo ele, é inviável. O senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) rebateu afirmando que ao mesmo tempo em que o governo alega falta de dinheiro para pagar os benefícios previdenciários, a Petrobras calcula um prejuízo de R$ 40 bilhões apenas com os casos de corrupção.
Com a manutenção do veto a partes da Lei 13.152/2015, que prorroga até 2019 a atual política de valorização do salário mínimo, aposentados e pensionistas que recebem mais de um salário continuarão contando apenas com a reposição da inflação, sem ganho real. Pela lei, os reajustes do salário mínimo corresponderão à variação, acumulada nos 12 meses anteriores ao mês do reajuste do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), calculado e divulgado pelo IBGE.
Atento em Brasília, o presidente da COBAP, Warley Martins, lamentou a decisão final, e disse que ainda hoje irá consultar as demais lideranças do movimento para emitir uma "nota de repúdio" pela manutenção deste famigerado veto presidencial.
Fonte: Cobap (18/11/2015)
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