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quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Poder de compra do brasileiro encolherá R$ 280 bilhões até o final de 2016

Poder de compra cai pela primeira vez desde 2004
f previdenciarioEstudo da Tendências mostra que poder de compra dos brasileiros, de R$ 3,06 trilhões em 2014, cairá a R$ 2,82 trilhões este ano e a R$ 2,78 trilhões em 2016
Os brasileiros perderão 280 bilhões de reais de seu poder de compra entre 2014 e 2016. Desde 2004, os recursos disponíveis para o consumo cresceram sem parar a ritmo anual de 2,5%, mas 2015 será o primeiro ano em que esse movimento será revertido, com a queda repetindo-se em 2016, segundo estudo da consultoria Tendências, publicado pelo jornal O Globo. De acordo com o cálculo, a inflação está corroendo a renda e os juros em alta aumentam os desembolsos para pagamento de dívidas.
Em valores absolutos, os brasileiros tinham em mãos 3,06 trilhões de reais em 2014 para gastar tanto em itens essenciais, como habitação, educação, transporte, energia e água, quanto na aquisição de bens de consumo e serviços. Pelos cálculos da Tendências, esse valor cairá a 2,82 trilhões de reais este ano e a 2,78 trilhões de reais em 2016. Trata-se, portanto, de um retrocesso em cinco anos: em 2011, o poder de compra dos brasileiros era de 2,74 trilhões de reais.
Além da inflação e dos juros, a renda também foi comprometida com o aumento da gasolina e das contas de luz e água, os chamados preços administrados. Para chegar aos valores, a Tendências considerou a massa de renda real disponível, descontando a inflação. No cálculo, entram, além de salários, os recebimentos da previdência social e do programa Bolsa Família, por exemplo.
O estudo é assinado pelos economistas Rodrigo Baggi, Rafael Bacciotti e João Morais. “O cenário é negativo para todos os lados. O desemprego deve subir a 8% este ano e chegar a 8,5% em 2016. Já a inflação deve fechar 2015 em 9,6% e recuará até 6,5% no ano que vem, ainda um patamar elevado. Tudo isso fará com que as famílias percam 280 bilhões de seu poder de compra”, disse João Morais.
(Do portal da revista Veja)

Governo ameaça: sem CPMF pode faltar dinheiro para pagar seguro-desemprego

  • Sem CPMF, há risco para seguro-desemprego e abono salarial, diz Levy

Governo já enviou ao Congresso proposta de retomada da CPMF. Levy defende aprovação de imposto sobre grandes fortunas no exterior.

Alexandro MartelloDo G1, em Brasília
Sem o retorno da Contribuição Provisória Sobre Movimentação Financeira (CPMF), cujo projeto já foi enviado pelo governo ao Congresso Nacional, há risco para programas importantes de proteção ao trabalhador, como o seguro-desemprego e o abono salarial, afirmou o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, nesta quarta-feira (14) durante audiência pública no plenário da Câmara dos Deputados.
“Eu acho que se a gente não tiver a CPMF, tem um risco de alguns programas importantes, como o seguro-desemprego e proteção ao trabalhador, virem a ter risco. Ao proteger a Previdência Social, [a CPMF] permite que o seguro-desemprego esteja protegido. Para isso que a gente quer a CPMF. Inclusive para o abono salarial. A gente considera que a proteção ao trabalho, o seguro-desemprego, abono, a Previdência, tem de ter os recursos necessários, sem abuso”, declarou o ministro da Fazenda.
 
CORTES E RECEITAS
  • Na avaliação de Joaquim Levy, o retorno da CPMF, vinculado ao financiamento da previdência social, é importante para manter o equilíbrio destas contas em um momento de desaceleração da atividade, que impacta para baixo as receitas. Ele também defendeu a instituição de uma idade mínima de aposentadoria e “firmeza” para combater excessos na concessão do auxílio-doença.
“Alguns lideres entendem que essa contribuição, na verdade, não onera demais as empresas, tem uma base ampla e que merece ser avaliada sem paixões. Evidentemente, podem se encontrar alternativas, mas não necessariamente serão mais eficientes sobre a economia. Se aumenta um imposto sobre a produção, será melhor do que sobre a atividade financeira?”, questionou ele.
“A gente tem de trazer esperança. Se trouxer um equilíbrio solido [nas contas públicas, um orçamento de 2016 adequado, à altura do povo brasileiro, tenho convicção que a esperança vai voltar ao Brasil. Que vai haver mais crescimento [da economia], com as empresas investindo mais e a economia respirando mais. O primeiro passo para cobrar esperança é ter convicção do que a gente está fazendo”, acrescentou.
Proposta de retorno da CPMF
A proposta de retorno da CPMF foi anunciada pela equipe econômica em meados de setembro, como uma forma de tentar reequilibrar o orçamento de 2016 – que foi enviado inicialmente com estimativa, inédita, de déficit. Depois, no meio de setembro, recuou e anunciou um pacote de alta de tributos, contemplando a proposta de retorno da CPMF, e bloqueio de gastos, para buscar um superávit de R$ 43,8 bilhões, ou 0,7% do PIB, para o ano que vem.
A CPMF foi um tributo que existiu até 2007 para cobrir gastos do governo federal com projetos de saúde. Agora, o governo propõe cobrar uma alíquota de 0,2% sobre todas as transações bancárias de pessoas físicas e empresas para ajudar a cobrir o rombo da Previdência Social. 
Imposto sobre grandes fortunas
Durante audiência no plenário da Câmara dos Deputados, Joaquim Levy  também defendeu o programa de regularização de ativos brasileiros no exterior, que o governo busca passar para angariar recursos para levar adiante a reforma do ICMS – tributo estadual.
“Estamos concentrados em fazer passar um imposto sobre grandes fortunas no exterior. É um dos grandes objetivos dessa lei de regularização. Trazer segurança para quem aceitar entrar no programa e ampliar um incentivo para quem já pagou o imposto e cumpre as obrigações. Estamos olhando as grandes fortunas onde elas estão. É uma lei bastante atraente com as alíquotas que ela tem. A pessoa não vai ser obrigada a trazer o dinheiro, não vai ficar com o dinheiro preso”, declarou Levy, acrescentando que as incertezas decorrentes de benefícios fiscais já concedidos cria “enorme incerteza jurídica” e “obstáculos ao investimento”.
Ainda há necessidade de se apertar o cinto, diz ministro
Durante a audiência na Câmara, Levy destacou que ainda há necessidade de se apertar o cinto e de reequilibrar as contas para que o país possa voltar a crescer de forma sustentada. Avaliou também que é necessário um “ajuste rápido” para que a resposta seja também rápida nas taxas de crescimento e de emprego.
“Quando a gente têm as contas publicas em ordem, o crescimento econômico é mais fácil. As pessoas têm mais confiança. Até por que, nessas ocasiões, o risco macroeconômico diminui e as pessoas entendem que podem tomar mais risco. O empresário pode fazer mais investimento. Na famílias, é a mesma coisa. Se têm segurança, [as famílias] entram no crediário. Se não, ficam paradas esperando as coisas acalmarem. É  imprescindivel para o crescimento a segurança fiscal. Saber que mais para frente as contas do governo não terão surpresas negativas”, declarou.

SERVIÇO: opções de investimento para ganhar R$ 8 mil mensais ao se aposentar. Isso é real?

Como investir para ganhar R$ 8 mil ao mês na aposentadoria?
 
Homem empilha moedas
Dinheiro: Consultor recomenda o investimento no título do Tesouro Direto atrelado à inflação
Editado por Priscila Yazbek, de Exame.com
Dúvida do internauta: Tenho 25 anos e já penso na  aposentadoria. No ano passado eu consegui comprar meu carro à vista e agora tenho planos de comprar meu apartamento. Pago um aluguel alto, e não dá para guardar muito dinheiro. Queria comprar meu apartamento em no máximo quatro anos. Devo esperar quitar meu apartamento para começar a poupar dinheiro para a aposentadoria? Quanto guardar por mês para obter uma aposentadoria de 8 mil reais por mês a valores de hoje? Onde investir para que o meu dinheiro renda mais que a poupança e o risco não seja muito alto?
Resposta de Fernando Meibak*:
Você se preocupa com o longo prazo ainda com idade baixa, de 25 anos, o que é muito positivo, pois o tempo conta a favor em um processo de  planejamento financeiro.


As taxas de juros de financiamentos são muito elevadas no Brasil, por isso é ótimo que você tenha adquirido o veículo à vista.
Imóvel para moradia é um tema importante de segurança patrimonial para um indivíduo ou família. O mercado imobiliário no Brasil passará por ajustes de preço para baixo devido a diversos fatores. Por outro lado, as taxas de juros estão muito elevadas. O ideal seria você poupar recursos para a aquisição do imóvel mais adiante, acumulando o maior volume de recursos possível para a compra.
Fique atento aos custos de aluguéis, que também estão caindo com a crise que estamos enfrentando. Talvez seja viável uma mudança para um imóvel de menor custo.
Para calcular uma renda a valor de hoje de 8 mil reais por mês, são necessários muitos dados: data futura para início de uso da renda; prazo de investimento; taxa de juros, etc.
Em um exemplo simples, considerando que você começaria a desfrutar dos rendimentos a partir dos 60 anos de idade, por um período de 30 anos, você precisaria poupar mensalmente algo próximo de 3.800 reais mensais.
A melhor maneira de investir para o longo prazo é utilizar o sistema Tesouro Direto e comprar os títulos Tesouro IPCA. Esses papéis rendem a inflação medida pelo IPCA mais juros. Atualmente estão em patamares acima de 7% ao ano, mais inflação (confira os títulos públicos à venda neste momento e seus rendimentos).
O risco é extremamente baixo, pois são títulos do Tesouro Nacional, que por definição têm o menor risco de um país (veja por que o risco do Tesouro Direto é baixíssimo).
Vá adquirindo títulos ao longo da vida. Escolha um vencimento, como 2035 ou 2050. Ao longo do tempo você irá diluindo os riscos de oscilação das taxas e estará constituindo uma carteira de investimentos muito valiosa.
Se um dia precisar usar os recursos, o Tesouro Nacional tem liquidez diária, ou seja, permite resgatar o valor investido a qualquer momento aos preços do dia. Dado que as taxas estão muito elevadas, você iniciará um programa de poupança em um bom momento.
Caso não tenha capacidade de poupar os valores indicados, invista o que pude, de preferência mensalmente.
* Fernando Meibak é sócio da consultoria Moneyplan, ex-diretor de gestão de investimentos do ABN-Amro Real e HSBC Brasil e autor do livro “O Futuro Irá Chegar! Você Está Preparado Financeiramente para Viver até os 90 ou 100 Anos?”.

domingo, 11 de outubro de 2015

almir 4

Prezados Senhores Parlamentares:
Ref.: Um Veto de Difícil Votação
Aproveitando o reflexo dos holofotes ligados em 1º de outubro para o “Dia Nacional do Idoso”, data que enseja maior atenção para as pessoas que já vivem na terceira idade, caso específico dos aposentados e pensionistas, pedimos vênia aproveitando a relevância da data para pedir desculpas por voltar a insistir no mesmo assunto, que atenta negativamente contra o nosso direito a uma justa e digna cidadania:
>> Votação e quebra do polêmico Veto Presidencial que negou aos aposentados do RGPS o mesmo índice de reajuste do SM, entre os anos de 2016 até 2019, decisão que mais uma vez foi transferida, agora para o próximo dia 06. <<
Prorrogar o prazo de valorização do SM por mais quatro anos através da MP 672/2015, é de fato elogiável, merecendo os maiores aplausos da sociedade por contemplar os abnegados trabalhadores. Já não podemos dizer o mesmo quanto à briga acirrada para a exclusão dos indefesos aposentados, que ainda recebem benefícios um pouco acima do SM, impondo-lhes, arbitrariamente, atualizações com percentuais inferiores à correção do piso!! Que nome pode ser dado a este descabido e injusto procedimento de dois tipos de aumentos diferentes? Covardia, preconceito, discriminação??
Por que essa implicância toda para não estender a todos os aposentados o mesmo índice do SM, por um pequeno prazo de apenas quatro anos, de 2016 a 2019, quando vossas excelências voltarão a discutir a matéria para o ano de 2020 e anos subsequentes? Merecemos paz e segurança neste curto período de tempo, que muitos parlamentares não querem!
Não podem dar ao menos quatro anos de trégua aos aposentados, que já vêm há 17 anos sendo prejudicados e asfixiados? Não podem deixar os velhinhos esfriarem a cabeça da aflição e do constrangimento por apenas quatro anos? Não podem frear por quatro anos somente a degradação contínua e perversa em nossas aposentadorias? Os senhores contrários aos velhinhos estão na contramão do Estatuto do Idoso! Os senhores congressistas querem salvar o Brasil de qualquer maneira da crise econômica, o que é até louvável. Já os velhos aposentados não precisam e não merecem ser salvos, não é mesmo? Já estão mesmo se despedindo da vida… Quanta maldade!
Sugiro aos senhores congressistas que votarão a favor da moralidade que peça um aparte àqueles que discursarem contrários aos aposentados, sugerindo que eles se prontifiquem perante a nação, a abrirem mão de um percentual de seus astronômicos ganhos, para juntamente com os aposentados que serão obrigados a continuar fazendo sacrifícios, a ajudarem o Brasil a sair da crise. O patriotismo aparentado, a grande responsabilidade pela estabilidade da nação e a ânsia de salvar o Brasil a todo custo, arrefecer-se-á!
É na hora do perigo ou ameaça aos seus próprios bolsos que se conhecem os heróis. Salvar o Brasil com os bolsos alheios é muito fácil… Dividam a cota de sacrifícios conosco, mostrando seriedade nos atos que nos querem imputar e aí sim, nos calaremos!
Respeitosamente,

Almir Papalardo.

A derrubada de um Veto pode ficar na história


A DERRUBADA DE UM VETO PODE
FICAR NA HISTÓRIA

Será realizado amanhã (30/09) as 11:30 h da manhã uma sessão do Congresso Nacional, onde será analisado em caráter especial seis vetos presidenciais. E para não fugir à regra, um desses vetos será a costumeira obstrução aos direitos constitucionais dos aposentados, a classe mais castigada por obstruções, tornando-se a grande recordista de vetos sofridos do Legislativo e do Executivo.
E este veto, como todos não ignoram, é a insistência maldosa de não permitirem que os aposentados tenham os seus benefícios corrigidos com o mesmo percentual dado ao salário mínimo. Dois pesos e duas medidas, porque a maioria destes mesmos aposentados do RGPS, têm seus proventos anuais corrigidos com o mesmo índice do salário mínimo(!?). Aí já está erradicado um erro preconceituoso e perverso, evidenciando uma grande discriminação!
Na MP 672/2015 aprovada pelos congressistas existia uma cláusula onde era estendido para todos os aposentados da iniciativa privada, o mesmo percentual dado ao salário mínimo. A presidente Dilma vetou esta cláusula, dando a seguinte explicação do veto:
>> Razões dos Vetos: “Ao realizar vinculação entre os reajustes da política de valorização do salário mínimo e dos benefícios pagos pelo Regime Geral de Previdência Social-RGPS, as medidas violariam o disposto no art. 7, inciso IV, da Constituição. Além disso, o veto não restringe a garantia constitucional prevista no art. 201, § 2º” <<
Replicando, faço o seguinte comentário: Na justificativa da presidente com os artigos apresentados não consegui ver nada que se entrosasse ou justificasse as razões da Dilma. O verdadeiro motivo do veto, fortalecendo o que todos já perceberam, é uma tremenda má vontade política contra os idosos aposentados. Continuando a minha réplica, preceitua a Emenda Constitucional nº 20 de dezembro de 1998, que diz o seguinte:
>> Art. 14 – O limite máximo para o valor dos benefícios do regime de previdência social de que trata o Art. da Constituição Federal é fixado em R$ 1.200,00 (um mil e duzentos reais), devendo a partir da data da publicação desta Emenda, ser reajustado de forma a preservar, em caráter permanente, seu valor real atualizado pelos mesmos índices aplicados aos benefícios do regime geral de previdência social.
Ao que me consta, este teto máximo estipulado pela Previdência, é ardiloso porque jamais aposentado algum consegue permanecer nele, porque se o teto é corrigido conforme preceitua a lei, hoje está mais ou menos no valor R$ 4.663,75, o aposentado não consegue permanecer paralelo, porque ele não tem o seu valor corrigido pelo mesmo o índice do salário mínimo, resultando em degradações anuais. Os aposentado têm seus reajustes com percentuais inferiores ao do salário mínimo. Fatidicamente, todas as aposentadorias, dentro de mais algum tempo, nivelar-se-ão ao valor do salário mínimo, realizando o governo a proeza de fazer desaparecer o teto máximo e enganador pago pelo Previdência! …Que veja quem olhos para ver…
Todos os aposentados prejudicados e cidadãos solidários com a classe, entupam o 0800 da Câmara e do Senado, solicitando a derrubada do Veto que não estende o mesmo percentual de reajuste do salário mínimo para todos os aposentados. A derrubada do veto nos livraria do agravamento da depressão, que anda nos rondando, até o ano de 2019.

Almir Papalardo

Verdade ou mentira? Previdência só sobreviverá se a perda do poder aquisitivo do aposentado for mantida

Diversos analistas de política e economia estão desancando o PSDB, especialmente a bancada tucana na Câmara, porque os deputados votaram em peso pela desaposentadoria e o fim do fator previdenciário. O mantra é que o fim do fator previdenciário, por exemplo, irá  desestabilizar as contas da previdência social. Isso, com inúmeras ressalvas, pode até ser verdade. Agora, o que esses especialistas não conseguem explicar é o fato de o contribuinte do INSS, por 35 anos ou mais, pagar pelo teto máximo do INSS (atualmente de R$ 4.663,00) e receber, digamos, algo como R$ 2.500,00 ou R$ 3.000,00.
Quer dizer, “roubar” o valor da aposentadoria do pessoal do INSS é  ético. Dá responsabilidade ao parlamentar. Para garantir o equilíbrio das contas da previdência só com a perda do poder aquisitivo do aposentado? Não existe nenhuma outra saída, doutores?. É claro que se trata de uma grande mentira.
A bancada do PSDB, na Câmara e no Senado, está sendo tão pressionada de maneira brutal. De tal maneira que, se ocorrer o veto presidencial à desaposentadoria, os tucanos acabarão votando pela manutenção do mesmo. Será pelo medo, pela pressão indevida, por um suposto equilíbrio das contas da previdência. A melhoria das condições de vida dos aposentados está fora de questão, ao que parece.

INSS terá de pagar R$ 300 milhões de benefícios atrasados devidos aos aposentados

ANÁLISE: nova regra de aposentadoria daria fôlego de R$ 5 bilhões ao INSS

  • Nova regra de aposentadoria dá fôlego de R$ 5 bi ao INSS

Chamado fator 85/95 fará com que o governo alcance uma redução de gastos de R$ 17,481 bilhões entre 2015 e 2018


Agência do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em Belo Horizonte
A medida provisória enviada pelo Planalto ao Legislativo previa que o fator 85/95 seria ajustado gradualmente até chegar a 90/100(Rodrigo Clemente/AE/VEJA)
A mudança aprovada pelo Congresso nas regras de aposentadoria do INSS com o chamado fator 85/95 aumentará em mais de 5 bilhões de reais a economia estimada pelo governo para os primeiros anos da medida. A informação foi publicada nesta sexta-feira, em reportagem do jornal Folha de S.Paulo.
A medida provisória enviada pelo Planalto ao Legislativo previa que o fator 85/95 seria ajustado gradualmente até chegar a 90/100. Isso fará com que, em vez de economizar 12,207 bilhões de reais com a medida entre 2015 e 2018, o governo alcançará uma redução de gastos de 17,481 bilhões de reais.
No texto original do Executivo, já em 2017 a fórmula 85/95 subiria um ponto. Com as mudanças promovidas pelo Congresso, o fator 85/95 fica congelado até 2018 e só sobe um ponto a partir de 2019. Isso gerará a economia adicional nos primeiros anos do mecanismo. Mas essa curva, entretanto, se inverterá nos anos seguintes.
O Palácio do Planalto ainda não decidiu se sancionará o texto como aprovado pelos parlamentares. No dispositivo que trata da reaposentadoria, porém, já há decisão pelo veto.
A nova regra aprovada pelo Congresso garante a aposentadoria sem redução do benefício quando a soma de tempo de contribuição e da idade atinge 85 anos, no caso das mulheres, e 95, para os homens. O novo mecanismo já está em vigor, uma vez que foi estipulada por medida provisória. Trata-se de uma alternativa ao fator previdenciário, instituído pelo governo Fernando Henrique Cardoso e reduz o valor do benefício daqueles que deixam o trabalho mais cedo.

MÁ NOTÍCIA: presidente Dilma já teria decidido vetar a desaposentação

centrais sindicaisAlerta total. A presidente Dilma Rousseff já teria decidido vetar a desaposentação!
Atenção CUT!
Atenção Força Sindical!
Atenção entidades representativas dos a aposentados!

Todos na rua. Nas praças públicas. Todos contra o veto.

Pressão total junto ao Palácio do Planalto contra o veto à desaposentação.

A mobilização das centrais sindicais e de entidades de aposentados é fundamental, neste momento, para pressionar a presidente Dilma e impedir o veto à desaposentação (recálculo das aposentadorias) aprovado este semana pelo Congresso Nacional. A proposta aprovada por deputados e senadores é boa, levando-se em conta a situação atual dos aposentados do INSS. São duas as premissas básicas:
1. Que o contribuinte tenha continuado na ativa por pelo menos cinco anos. Ou seja, após ter obtido a aposentadoria tenha continuado na ativa e contribuindo ao INSS por cinco anos, no mínimo:
2. O recálculo da aposentadoria, o novo valor, não poderá ser superior ao teto fixado pelo INSS. Hoje de R$ 4.663,00.

Diga não ao veto da presidente Dilma à emenda da desaposentadoria.

Recálculo da aposentadoria terá teto de R$ 4.663,00, valor máximo concedido pelo INSS

De acordo com a MP, já aprovada pela Câmara, o aposentado que continua na ativa só poderá ter a troca ao contribuir por, no mínimo, cinco anos após o pedido do primeiro benefício. Porém, o valor da aposentadoria mensal estará limitado ao teto estabelecido pelo Instituto Nacional de Seguridade Social, de R$ 4.663, segundo Fabiana Basso, do escritório Nelm Advogados. O texto agora segue para a sanção da presidente Dilma Rousseff.
O Supremo Tribunal Federal está com o julgamento parado de dois recursos extraordinários, o 381367 e 661256, que tratam sobre o tema com repercussão geral, desde outubro de 2014, por causa de pedido de vista da ministra Rosa Weber. Quatro ministros já se pronunciaram sobre o assunto. Dias Toffoli e Teori Zavascki são contrários à tese. Marco Aurélio e Luís Roberto Barroso são favoráveis.
A MP também altera a fórmula para aposentadorias em alternativa ao fator previdenciário. Com a aprovação, o cálculo da aposentadoria será feito pela regra conhecida como 85/95, que permite ao trabalhador aposentar-se sem a redução aplicada pelo fator previdenciário sobre o salário, criada no ano 2000 para desestimular a aposentadoria antes dos 60 anos (homem) ou 55 anos (mulher).
Segundo a nova regra, a mulher que tiver, no mínimo, 30 anos de contribuição para a Previdência Social, poderá se aposentar sem o fator previdenciário, se a soma da contribuição e da idade atingir 85. No caso do homem, os 35 anos de contribuição somados à idade devem atingir 95, no mínimo. A aprovação da fórmula 85/95 deve aumentar o número de pedidos de “desaposentação” na Justiça, para que o benefício seja calculado com base na nova regra.