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quarta-feira, 26 de julho de 2017

Revisão eleva em mais de 50% aposentadoria do INSS

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As reformas serão aprovadas se Temer cair? Nem o Congresso sabe

Caciques políticos não chegam a consenso sobre o rumo dos projetos

  • Estadão Conteúdo

Discussão do relatório da reforma trabalhista na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado terminou em briga entre parlamentares na semana passada . Lula Marques/AGPT
Por trás da discussão de nomes para eventual eleição indireta, caciques políticos já debatem como seria a tramitação das reformas no pós-Michel Temer. No debate, alguns têm defendido que primeiro deve ser costurada a agenda de consenso para, então, buscar um candidato.

Governistas e parte da oposição concordam com a necessidade da reforma previdenciária e trabalhista, mas falta consenso sobre a velocidade das discussões e a extensão das mudanças. Até entre aliados de Temer há críticas à condução das reformas. Os que já desembarcaram do governo, por sua vez, reforçam o coro da oposição sobre uma “dosagem” das reformas.
Enquanto Temer tenta ficar no cargo, o grupo ainda fiel ao presidente defende que um eventual novo governo deve manter a agenda da equipe econômica, com o argumento de que é preciso garantir a retomada do crescimento.
Alguns caciques importantes da base e da oposição, porém, dizem que manter a situação como está pode não ser fácil. Há governistas que não concordam com a tese de que não haverá solavancos e dificuldades nas reformas no pós-Temer.
Um influente senador que apoia Temer diz que a aprovação da reforma da Previdência já era difícil em cenário considerado “normal”. Em eventual novo governo, “ficará ainda mais complicado”. “Nessa circunstância, não será um tema econômico, será político”, afirma ele.
Por isso, cresce a articulação em torno do tema. “Mais do que um nome, o que tem de prevalecer é a agenda. Defendo as reformas, mas o que está em discussão é qual reforma teremos. Com qual a calibragem?”, diz o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL).

Cada vez mais distante de Temer, o senador alagoano é o símbolo do grupo que tem desembarcado do governo e tenta marcar posição antes de eventual mudança no Planalto. O movimento defende uma repactuação suprapartidária em torno das reformas.
Esse grupo de insatisfeitos irrompeu e mostrou alguma força na última sessão da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Antes da confusão em que senadores quase se atracaram, o movimento contra a reforma trabalhista somou 11 votos em um requerimento que poderia atrasar a tramitação. Já o grupo favorável à reforma somou 13 senadores. Apertado, o placar surpreendeu muitos governistas.

Nova tramitação

Citado como um dos nomes que conseguem transitar entre a oposição e os governistas, o senador Jorge Viana (PT-AC) reconhece que algumas reformas são necessárias, mas defende nova tramitação. “Numa eleição indireta, reformas teriam de ter pactuadas primeiro aqui (no Congresso)”, diz Viana, ao lembrar que “se o candidato não o fizer, não será eleito”. Se isso acontecer, o senador vê um avanço em relação ao que acontece atualmente. “Já seria um passo adiante porque com Temer não foi assim.”
O petista reconhece que há necessidade de ajustar a legislação trabalhista. Viana critica, porém, a maneira com que a reforma tem avançado. “Isso é que está colocando as pessoas na rua”, diz. A crítica à tramitação une vários nomes. A reclamação é com a velocidade e a intensidade das reformas. “É lógico que as pessoas vão reagir quando o governo tenta empurrar goela baixo sem uma transição”, diz Renan.
Diante das críticas às reformas, governistas tentam avançar o mais rápido possível com a reforma trabalhista e é possível que seja solicitada urgência na tramitação – o que poderia encurtar o período até que o tema vá ao plenário do Senado. Se isso ocorrer, dizem aliados de Temer, será um item a menos na mesa de negociação com quem desembarcou do governo
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Servidores federais aptos à aposentadoria não poderão aderir a PDV

Não poderão aderir ao PDV os servidores que estejam em estágio probatório

26/07/2017 - 08:24 - Atualizado em 26/07/2017 - 08:24
Um dia após anunciar que estuda a elaboração de um Plano de Demissão Voluntária (PDV) para servidores federais, o Ministério do Planejamento detalhou nesta terça-feira (25), por meio de nota, alguns pontos da medida. De acordo com a pasta, não poderão aderir ao PDV os servidores que estejam em estágio probatório, que tenham cumprido todos os requisitos legais para aposentadoria ou que tenham se aposentado em cargo ou função pública e reingressado em cargo público inacumulável.
Além disso, também não poderão aderir aqueles que, na data de abertura do processo de adesão ao programa, estejam habilitados em concurso público para ingresso em cargo público federal, dentro das vagas oferecidas no certame. Também ficam de fora os servidores que tenham sido condenados a perda do cargo, em decisão judicial transitada em julgado, e aqueles que estejam afastados em virtude de licença por acidente em serviço ou para tratamento de saúde.
Quantitativos
Ainda conforme nota divulgada no início da noite de hoje, o Ministério do Planejamento ficará responsável por definir quais carreiras, órgãos e regiões geográficas poderão participar do programa. O objetivo dessa definição, segundo o ministério, é preservar órgãos com escassez de pessoal. A pasta também definirá o quantitativo máximo de servidores que poderão aderir ao PDV por órgão.
O ministério defendeu a edição de uma medida provisória para implementação das ações em função da crise fiscal do país, que pelo segundo ano consecutivo terá déficit orçamentário.
De acordo com o Ministério do Planejamento, no final do ano passado, o quantitativo de servidores públicos civis ativos do Poder Executivo Federal era de 632.485. A despesa com esses servidores no acumulado de janeiro a dezembro do ano passado foi de R$ 96,4 bilhões. Caso a adesão ao programa alcance 5 mil servidores, mesmo patamar do PDV realizado pelo governo Fernando Henrique Cardozo, na década de 1990, a economia com a medida será de aproximadamente R$ 1 bilhão por ano.