Despesas com auxílio-doença ameaçam caixa da Previdência, diz Anasps
- Perícia no INSS: Fôlego no prazo para atendimento. Segundo dados de associação, as despesas com auxílio-doença têm ameaçado o caixa da Previdência
ALESSANDRA HORTO/O Dia
A Associação Nacional dos Servidores da Previdência e da Seguridade Social (Anasps) defendeu a mudança promovida pelo Ministério da Previdência, que ampliou de 15 para 30 dias o período de pagamento pelas empresas da ausência dos trabalhadores por motivo de doença ou acidente.
“As mudanças vão se inserir em um contexto de maior proteção ao trabalhador e contribuir para normalização do fluxo de atendimento aos segurados no setor de perícia médica do INSS”, declarou Paulo César Regis de Souza, vice-presidente executivo da Anasps.
Segundo dados na associação, as despesas com auxílio-doença têm ameaçado o caixa do INSS. Em 2014, até novembro, o instituto recebeu 4,5 milhões de pedidos de benefícios por incapacidade. Ao todo, 1,7 milhão foi indeferido e 2,8 milhões concedidos. Ainda de acordo com a associação, a despesa bruta com o auxílio-doença cresceu de R$ 14,2 bilhões, em 2006, para R$ 30 bilhões, em 2014, que representou alta de 100% no período.
Outro problema apontado pela Anasps é a perda de 2.200 médicos peritos nos últimos anos, sem reposição. Em nota, a associação “aplaudiu a abertura da possibilidade se serem firmados convênios entre as empresas e o INSS para que possam fazer perícia”. Contudo, a Anasps defendeu que todos os laudos sejam homologados exclusivamente pela Supervisão de Perícia Médica do INSS.
Para a direção, o convênio tem como objetivo racionalizar a concessão do auxílio-doença, sem que o trabalhador saia da empresa e podendo receber o benefício até mais rápido.
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