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domingo, 17 de setembro de 2017

A Pitta do Lula inaugurou o fura-fila do INSS

VEJA revela que Dilma passou à frente de 400 mil brasileiros para aposentar-se em 15 minutos


Dilma será a Pitta do Lula, avisou anos a fio esta coluna. O eleitorado de Paulo Maluf começou a definhar no exato instante em que o então prefeito de São Paulo resolveu transformar em sucessor um poste chamado Celso Pitta. Ambos orientados pelo marqueteiro Duda Mendonça, o candidato embarcou numa fantasia batizada de Fura-Fila e seu criador viajou na bravata: “Se o Pitta não for um grande prefeito, nunca mais votem em mim”. Como o afilhado seria o pior administrador da história paulistana, o pedido do padrinho foi atendido por 99 em cada 100 eleitores.
A agonia de Lula começou no momento em que teve outra ideia de jerico: instalar no gabinete presidencial um poste chamado Dilma Rousseff. Em duas eleições consecutivas, a maioria do eleitorado votou na “mulher do Lula”. Hoje, até bebês de colo e napoleões de hospício sabem que a supergerente inventada pelo dono do PT era uma desesperadora nulidade política e um desastre administrativo, incapaz de dizer coisa com coisa e portadora de um cérebro despovoado de neurônios. O reizinho e a rainha de araque ficaram nus ─ e enlaçados num letal abraço de afogado.
Nesta sexta-feira, o site de VEJA revelou que as semelhanças entre as criaturas de Maluf e Lula vão além da antecipação do fim dos criadores. Se o fura-fila prometido por Pitta continua reduzido a um trambolho inacabado sobre trilhos que levam do nada a lugar nenhum, Dilma logrou inaugurar em 2016 um fura-fila que lhe permitiu materializar uma façanha extraordinária: horas depois de despejada do Planalto, ela conseguiu abrir e fechar em 15 minutos o seu processo de aposentadoria, sem dar as caras numa agência do INSS e sem apresentar papeis considerados indispensáveis pelo órgão.
Dados do próprio governo federal atestam que, entre a apresentação de toda a documentação necessária e a concessão do benefício, há uma espera de pelo menos 90 dias. Esse prazo resulta numa fila perpétua nunca inferior a 400 mil profissionais da esperança. Para contornar essa imensidão de gente, bastou a Dilma rebaixar a despachante o ex-ministro da Previdência Carlos Gabas, que entrou num posto do INSS pela porta dos fundos, acompanhado de uma assessora da beneficiária, e dali saiu com tudo pronto para que a interessada começasse a receber no mês seguinte o salário máximo de R$ 5.189.
Junte-se a essa vigarice as pedaladas criminosas e as delinquências detalhadas em numerosas delações premiadas e se terá outra desonesta de carteirinha sob a puída fantasia de vestal. A segunda alma viva mais pura do PT é tão honrada quanto a primeira. Também por isso, já renunciou ao sonho de virar senadora. Dá-se agora por satisfeita com uma vaga na Câmara dos Deputados, mas ainda não decidiu qual será o Estado brasileiro que a verá tentando voltar à Praça dos Três Poderes pela rota do Congresso.
No momento, mineiros e gaúchos disputam o privilégio de decretar nas urnas, em caráter definitivo e irrevogável, a aposentadoria política de Dilma Rousseff.

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