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quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

MPS | Governo quer mudar fórmula e adiar aposentadorias

Aposentadoria-por-idadeDepois de negociar as medidas de restrição em benefícios previdenciários, como pensões por morte e auxílio-doença no Congresso Nacional, o governo Dilma Rousseff vai iniciar uma discussão com os movimentos sindicais para acabar com o fator previdenciário. A informação é do ministro da Previdência Social, Carlos Gabas, que concedeu ao jornal O Estado de S. Paulo sua primeira entrevista após assumir o cargo.
A ideia, diz ele, é substituir o fator, criado em 1999, por uma fórmula que retarde as aposentadorias no Brasil. "O fator previdenciário é ruim porque não cumpre o papel de retardar as aposentadorias. Agora nós precisamos pensar numa fórmula que faça isso e defendo o conceito do 85/95 como base de partida. As centrais concordam com isso", defende. A fórmula 85/95 soma a idade com o tempo de serviço - 85 para mulheres e 95 para homens.
Além de ser um dos ministros mais próximos da presidente Dilma Rousseff, Gabas está escalado para discutir com as centrais e os parlamentares o pacote de aperto aos benefícios sociais, incluindo seguro-desemprego e abono salarial. Só com pensões por morte e auxílio-doença, o governo gastou quase R$ 120 bilhões em 2014.
Pacote
O governo anunciou o aperto na concessão dos benefícios sociais, inclusive as pensões por morte e auxílio-doença. Apesar do protesto dos sindicalistas, a dúvida é saber se o governo vai insistir no pacote. Gabas diz que primeiro, é preciso separar o conceito de ajuste fiscal do ajuste nos benefícios da Previdência. "Essas medidas têm, obviamente, efeito fiscal e financeiro, mas já vinham sendo discutidas com representações de trabalhadores e empregadores. Não são medidas inventadas agora, não são novidade", diz ele. Segundo o novo ministro, as centrais sindicais sabem da necessidade de se manter uma Previdência equilibrada. Tem muitas forças políticas no Brasil que entendem que esse nosso sistema é falido, que não funciona, e dizem que precisamos fazer uma grande reforma da Previdência. 
Questionado sobre o fato de que se essa reforma não seria de fato necessária, Gabas se diz contrário a ela, alegando que o regime atual, se bem administrado, tem sustentabilidade no tempo. Defende que esse é o objetivo atual do governo e por isso as mudanças necessárias em pensão por morte e no auxílio doença. "Precisamos desses ajustes, não de grandes reformas. Como a sociedade é dinâmica, precisamos acompanhar com pequenas evoluções", justifica.
E explica essa questão da seguinte forma: "Nos últimos dez anos, a expectativa de sobrevida no Brasil subiu 4,6 anos. Em média, a expectativa de vida chega a 84 anos e a idade média de aposentadoria por tempo de contribuição é de 54 anos. Então, o cidadão fica 30 anos, em média, recebendo aposentadoria. Não há sistema que aguente", diz. Gabas defende que para que nosso sistema previdenciário seja preservado é preciso estender um pouquinho essa idade média de aposentadoria, que, segundo ele, é uma discussão diferente, que ainda não entrou na pauta.
Idade mínima
A reportagem quer saber se seria a instituição de uma idade mínima para se aposentar, como boa parte dos países desenvolvidos faz. Gabas diz não defender isso, que existem outras fórmulas que protegem o trabalhador mais pobre. O jornal O Estado de S. Paulo argumenta que isso passa pelo fim do fator previdenciário... "Eu briguei muito contra o fator previdenciário quando ele foi instituído. Eu era sindicalista. Se hoje eu estivesse no movimento sindical, eu teria outra postura, faria uma proposta, não ficaria apenas contrário ao fator. Qualquer cidadão tem de pensar que não é razoável que uma pessoa vivendo 84 anos se aposente aos 49 anos", diz. Ele argumenta ainda que, com o fator previdenciário, ao se aposentar cedo, a pessoa recebe um benefício menor, mas esse benefício serve como complemento de renda. "Daí quando a pessoa para mesmo de trabalhar, ela fica apenas com aquela aposentadoria pequena. Previdência não é complemento de renda, ela é substituta da renda", afirma.
Qual seria então a fórmula? Gabas diz que o fator é ruim porque não cumpre com o papel de retardar as aposentadorias. Que é preciso agora pensar numa fórmula que cumpra esse papel de retardar. "Seria a 85/95, como regra de acesso. As centrais chegaram a concordar isso", diz. A reportagem quer saber por que a 85/95 é melhor que idade mínima. O ministro explica que é porque o trabalhador mais pobre começa muito cedo a trabalhar. "Se coloca 65 anos como idade mínima para se aposentar, ele terá de trabalhar quase 50 anos ou mais. Já um trabalhador de família mais rica, que ingressa mais tarde no mercado de trabalho, teria outra realidade". Diz que o governo defende aqui, quando essa discussão chegar, uma soma de idade com tempo de contribuição, para proteger o trabalhador mais pobre. "Seria 85 para mulher e 95 para homens, mas tem fórmulas dentro disso. O 85/95 é um conceito, um pacote político, para iniciar as discussões. Essa é a próxima para discutir depois do pacote das pensões por morte e auxílio doença. O foco do ministério é fazer as medidas", afirma.
Tais medidas, questiona a reportagem, significariam gastos estratosféricos? Gabas diz que sim. Que, em 2014, o governo gastou R$ 94,8 bilhões com pensões por morte e esse dinheiro todo foi para 7,4 milhões de pensionistas. Com o auxílio-doença gastamos R$ 25,6 bilhões para 1,7 milhão de beneficiados. Em relação às pensões, as mudanças foram propostas porque essa transição que vivemos no Brasil, onde as pessoas estão vivendo mais, exige uma administração diferente da Previdência. Essa expectativa de vida de 84 anos é para quem tem hoje 50 anos. Quem nasceu agora terá uma expectativa de vida de quase 100 anos."
O ministro diz que estaria aí o motivo da restrição. Que a pensão por morte é uma extensão da aposentadoria. "O cidadão se aposentou, recebeu do INSS por 30 anos e quando morre, deixa uma pensão para outra pessoa, que depois também terá sua própria aposentadoria. Agora estamos nessa transição demográfica e precisamos encontrar novas formas. Quem está recebendo continuará recebendo. A mudança é para frente. Viúvas muito jovens e sem filhos vão receber pensão por um período, apenas."
Contas públicas
Diante dessa explicação, o impacto nas contas públicas para 2015 não foi pensado?, pergunta a reportagem. Gabas diz que essa não é uma medida para fechar as contas deste ano. Restringir pensão por morte e auxílio-doença são medidas de médio e longo prazo". E completa dizendo que certamente o cenário atual, de complicação fiscal, favoreceu o anúncio dessas medidas.
E o que esperar desse projeto no Congresso? O ministro, junto com Nelson Barbosa, irão negociar diretamente com o Congresso? O que é possível esperar? Gabas conta que ambos têm agendados encontros com vários segmentos dentro do Congresso. "Vamos aos deputados explicar as medidas. Elas são importantes, têm o papel de manter a sustentabilidade da sociedade."
Gabas não enxerga na figura de Eduardo Cunha, o presidente da Câmara, um complicador para a questão. Diz achar que Cunha tem a oportunidade de usar a discussão para provar a grandeza dele como presidente da Câmara, não usando as medidas como instrumento de barganha.
Quanto ao aumento do déficit da Previdência, de R$ 51 bilhões em 2014 e com previsão de alta em 2015, podendo se aproximar dos R$ 60 bilhões, e se isso é um fator de preocupação, o ministro diz que a arrecadação tem surpreendido negativamente, e que, de fato, as desonerações da folha de pagamento impactaram muito. Mas que essa história do déficit precisa ser tratada com uma visão mais contábil.
"Nós temos um modelo de previdência urbana e rural. Tivemos no ano passado quase R$ 35 bilhões de superávit na previdência urbana. No rural, a política não foi pensada com premissa de ter superávit, porque é uma política com objetivo de proteger o homem do campo, aqueles que trabalham a terra em regime de agricultura familiar. Esse trabalhador rural é quem produz 73% dos alimentos que nós comemos. Não vemos latifúndio de dez mil hectares produzindo tomate, feijão, legumes, apenas commodities."

Então, se separar, contabilmente, o modelo rural do urbano, o problema estaria resolvido?, questiona a reportagem. "Veja bem, falamos de 8,4 milhões de aposentados rurais que ganham um salário mínimo. Neste segmento a despesa cresceu bastante porque o salário mínimo cresceu muito. Essa política não tem objetivo de ter superávit, a conta não foi feita para fechar, tanto que a Constituição prevê a Cofins e a CSLL para servirem de fonte de renda para custear a previdência rural. Contabilmente nosso regime é equilibrado, mas a conta, depois que houve a unificação dos caixas no Tesouro, se misturou tudo. Tivemos uma arrecadação de R$ 5 bilhões com o rural e gastos de R$ 80 bilhões. A arrecadação da Cofins e CSLL é muito superior a essa diferença, mas isso não fica claro. Temos só que nos colocar de acordo com o pessoal do Ministério da Fazenda para ver como se transferem esses recursos. Não pode pensar em "vamos cobrir o rombo". Não tem rombo, entende? ", conclui.

PREVIDÊNCIA | Decisões judiciais sobre aposentados vão virar lei

carlos gabasPor Juca Guimarães | Diário SP - Reconhecer mais rapidamente e de forma igualitária para todos os segurados as decisões do STF (Supremo Tribunal Federal) é uma das diretrizes prioritárias do ministro da Previdência Social, Carlos Eduardo Gabas, 49 anos, para reduzir os conflitos judiciais.
Gabas defende que as práticas cotidianas para a concessão dos benefícios nas agências do país devem estar de acordo com o entendimento das cortes superiores.
“O direito do segurado deve ser reconhecido sem nenhuma burocracia. Temos de atuar de forma justa e eficiente”, afirmou em entrevista exclusiva ao DIÁRIO.
A ideia do ministro é que não exista discordância ou dúvida sobre o que é decido no STF ou STJ (Supremo e Superior Tribunal de Justiça). Desse modo, evita-se que mais segurados entrem com ações na Justiça por uma questão já pacificada. “É um modelo de gestão que estamos adotando há algum tempo e deve ganhar mais força a partir de agora”, disse Gabas. Além das medidas para agilizar o atendimento dos segurados, o ministro falou sobre diversos temas de interesse dos trabalhadores e dos aposentados.
Falha no sistema/ Uma das reclamações mais frequentes dos segurados é a falha no sistema durante o atendimento. Segundo o ministro, o motivo da intermitência é a interrupção do sistema para a troca de plataformas. “Estamos finalizando uma importante atualização e modernização dos sistemas. A ideia é que a maior parte das operações seja feita pela web (internet), sem carregar muito o sistema e de forma cada vez mais rápida. Em 2016, todo o processo será concluído e acaba de vez a queda do sistema.”
VEJA OS ASSUNTOS MAIS IMPORTANTES: 
Sem sair de casa/ A  oferta de mais serviços do INSS pela internet também está nos planos do ministro. “Hoje não dá para se aposentar sem sair de casa. Ele (o segurado) tem de ir na agência nem que seja para assinar um documento. Nós queremos que ele tenha acesso a todos os serviços sem sair de casa.  Esse é o plano para antes de 2018.”
Reforma/ A concessão automática de benefícios por incapacidade está dentro de uma ampla reforma em estudo pelo ministério. “Temos plena convicção que o modelo de benefício por incapacidade precisa ser todo revisto. A carreira dos peritos precisa de uma reorganização. Eu pessoalmente defendo que haja uma adequação nas jornadas. Nós não precisamos em todas as agências de médicos oito horas por dia. Isso é um custo alto para nós, por isso, precisamos rever o fluxo de concessão. O modo de trabalhar nas agências está sendo discutido no ministério.”
Servidores/ Sobre os servidores, o ministro defende mais investimentos na formação. “Temos um bom programa de concessão de bolsas para quem quer fazer faculdade. Hoje, um grande percentual de servidores já é universitário. Por conta das restrições no orçamento, não vai dar para ampliar muito o programa de bolsas, mas ele continua. Há também a Escola da Previdência, que oferece um treinamento de qualidade para os servidores em relação às regras previdenciárias.”
Desaposentação/ A troca de aposentadoria não deve avançar no STF na visão do ministro. “Não é correto o conceito de desaposentação. O sistema é solidário, e quem trabalha financia quem é aposentado. Não existem contas individualizadas de contribuição. Além disso, a aposentadoria de quem continua no mercado de trabalho foi uma opção tomada pelo segurado. Ele decidiu se aposentar para ficar com dois salários, o da empresa e o da aposentadoria. Não dá para admitir um novo cálculo depois.”
Concurso/ O INSS deve ter concurso para 2 mil vagas ainda neste ano. “Está certo que haverá concurso. O número de vagas é adequado ao perfil de agência que estamos projetando para o futuro, ou seja, com os serviços sendo oferecidos pela internet e de forma mais rápida. O atendimento nos postos será bem mais ágil.”
Reajuste/ A política de reajuste dos benefícios não deve ter alteração. “Já discutimos muito uma proposta de reajuste para quem ganha acima do piso ou a mudança do índice. Na comparação feita, o INPC (que é o índice atual) sempre se mostrou mais vantajoso do que as alternativas apresentadas, até mesmo o IGP-DI, que é um índice que leva em conta as despesas dos idosos. Além disso, em nenhum outro país do mundo o aposentado tem ganho real. O que acontece, geralmente, é o oposto, o benefício sofre reduções.”
Fator/ Achar uma alternativa para o fator previdenciário está nos planos do governo. “Quando chegar a hora, vamos discutir o assunto. Durante a campanha eleitoral foi um tema muito frequente, mas não havia uma proposta concreta e viável. A oposição prometia qualquer coisa, mas não é assim que se faz. Temos de achar uma alternativa para o fator e eu acredito que isto vai acontecer. As centrais sindicais têm uma visão muito madura sobre o tema, e o entendimento que precisa ter algum mecanismo para entrar no lugar do fator é majoritário. O governo vai ter de discutir isso e chegar num acordo.”
Reabilitação/ O governo vai investir na recolocação profissional. “Ter centros de reabilitação próprios como no passado é inviável. O governo terá de ir atrás de parcerias para reabilitar os segurados que sofreram acidentes. Outra frente importante é a volta ao mercado de trabalho. Por lei, as empresas devem cumprir uma cota de trabalhadores deficientes ou reabilitados. O recado que o governo recebeu dos empresários é que não se acha trabalhadores para cumprir a cota. A ideia é juntar as duas pontas, treinar e cadastrar os segurados e disponibilizar essa oferta de mão de obras para as empresas.”
Pensões/ Gabas defende a necessidade de mudanças nas regras da pensão. “O sistema precisava desses ajustes. Era preciso acabar com algumas situações oportunistas que geravam benefícios por longos períodos e, por consequência, o desequilíbrio do sistema. As regras ficaram mais rígidas, porém, não tiramos nenhum direito das viúvas.”
‘Moto é a minha terapia’
Para relaxar e descansar da rotina pesada, Gabas gosta de passear sobre duas rodas com a mulher e os amigos pelo país
Quem vê o ministro vestido de terno e gravata o tempo todo durante a semana não sabe, mas ali bate um coração  apaixonado por motocicletas. Aos finais de semana, os passeios de moto com a mulher e os amigos pelas estradas do Distrito Federal são frequentes. “Temos uma turma muito bacana que adora sair por aí. Vou com a minha mulher, que também é motociclista”, revela o ministro.
A moto de Gabas é a icônica Harley-Davidson – marca americana preferida de quem gosta de passar horas e horas na estrada – modelo Electra Glide de 1.600cc,  comprada em 2014.
“Eu já tive várias motos, sempre Harley-Davidson, vou trocando de tempos em tempos”, disse. No ano passado, depois das eleições, o ministro tirou alguns dias de férias e decidiu fazer uma bela viagem. “Fui até o Chile de moto. Foi ótimo. Rodei mais de 10 mil quilômetros. Fomos em quatro motos, todos de Electra Glide.”
A presidente Dilma Rousseff conhece a paixão do ministro pelas motos. Tanto é que já fez passeios com ele na garupa. “Ela gosta também. Já tive a oportunidade de levá-la para passear várias vezes. É muito bacana.”
A moto potente não fica reservada apenas para passeios na capital federal ou viagens pela América do Sul.  Geralmente, quando não quer pegar um voo de Brasília até São Paulo, o ministro coloca o capacete e encara os 1.015 km entre as duas cidades pilotando  a Harley.  E como a família do ministro é de Araçatuba, são mais 530 km de estrada da capital paulista até lá.

“A moto é como uma terapia. Depois que a gente pega o jeito, é uma bicicleta”, ensina Gabas.

AMOR NA TERCEIRA IDADE | "Tá melhor que a gente!", por Mirian Goldenberg

amor terceira idadeCarnaval de 2015, zona sul do Rio de Janeiro, sábado, às 17h. Na calçada do shopping RioDesign, no Leblon, em uma das ruas mais movimentadas da cidade, um casal se beija apaixonadamente.  
Imediatamente se forma, ao redor do casal, um círculo com quinze adolescentes. Eles dão risadas, gritam, aplaudem alegremente.
Uma jovem fantasiada de princesa grita: "Tá melhor que a gente!"
Um adolescente pergunta: "Será que eles são casados?"
Uma garota responde: "Lógico que não, eles não usam aliança".
Durante alguns segundos o casal fica desconcertado com a situação inusitada. Não imaginavam que poderiam se tornar o foco de interesse de tantos jovens no meio do Carnaval carioca, onde milhares de outros casais também se beijavam, se abraçavam e protagonizavam cenas muito mais ousadas.
Por que eles, que nem estavam fantasiados, chamaram atenção daqueles jovens? A mulher logo percebe o motivo e fica muito envergonhada. Ela se sente ridícula e quer fugir da situação constrangedora.
Como dois velhos de mais de 60 anos têm a coragem de se beijar apaixonadamente em público?
O homem de cabelos brancos ri muito e beija novamente a mulher. Ele a abraça carinhosamente e diz baixinho: "Você é linda, eu te amo muito e não tenho a menor vergonha de demonstrar o meu tesão por você. Você é o grande amor da minha vida".
Ele responde aos jovens: "Somos casados há 43 anos. Não precisamos de aliança para provar que nos amamos e que temos um compromisso de fidelidade e de cuidado um com o outro".
O primeiro beijo deles foi em 1968, no meio de uma passeata. Apesar de tantos anos de casados, eles ainda se sentem jovens e revolucionários. Eles ainda se desejam e fazem amor frequentemente. Eles ainda se beijam apaixonadamente, em público, como na primeira vez.
Ele sente orgulho e admiração pela esposa e quer que os outros saibam disso. Ela se sente feliz por ser tão amada e desejada, mesmo depois de tantos anos de casamento.
A garota vestida de princesa repete então a frase que fez sucesso e é ainda mais aplaudida pelos outros jovens que se juntaram ao círculo: "Tá melhor que a gente!"

Afinal, quem não quer ser feliz e apaixonado aos 60, 70, 80, 90 e (por que não?) aos 100 anos?

Agora SP | Ministro da Previdência é contra idade mínima


Fernanda Brigatti - O ministro da Previdência Social, Carlos Eduardo Gabas, é contra a criação de uma idade mínima para as aposentadorias. O fim dos benefícios por tempo de contribuição não está em discussão, segundo ele.
"A idade mínima é injusta porque prejudica principalmente o trabalhador mais pobre, que normalmente começa a contribuir mais cedo e teria que passar mais tempo contribuindo", disse, ontem, em São Paulo.
Em 1998, o então presidente Fernando Henrique Cardoso tentou criar a idade mínima, mas a proposta não avançou.
Gabas descarta, hoje, novas mudanças em regras de aposentadorias, auxílios e pensões.
As alterações anunciadas pelo governo em dezembro, disse o ministro, foram estudadas nos últimos oito anos.
"É fruto de uma discussão antiga."

FATOR BRASIL | Desaposentação – uma luta que deve ser de todos!


Perante uma eminente retomada no julgamento do Supremo Tribunal Federal sobre a tese de desaposentação e perante um quadro de indefinição sobre o tema, é mais que chegada a hora da população buscar valer sua voz na luta por esse direito e ir às ruas cobrar por uma decisão correta dos juízes.
Primeiramente, deve-se entender que a desaposentação é uma ação que possibilita ao aposentado que continuou trabalhando e contribuindo para o INSS o direito a abdicar da atual aposentadoria para reverter as contribuições anteriores, pagas depois de aposentado, em um considerável aumento do benefício recebido. Chegando até o limite do benefício pago pela Previdência.
Não há mais como se abster sobre um assunto determinante na luta dos direitos da população, pois, um posicionamento errado do Supremo significará uma carta branca para o Governo Federal, mais especificamente o INSS, retirar dinheiro da população sem nada dar em troca.
É inadmissível um posicionamento contrario à desaposentadoria por parte de nosso magistrado, que é de grande respeito, mas que, por vezes, fica refém de imposições do Governo. Se eles afirmam que não há verbas para cumprir com esses pagamentos, há de se concordar que isso ocorre pela má administração do por parte dos que deveriam cuidar de nossos direitos.
Todos trabalhadores e empregadores sabem que mensalmente boa parte dos ganhos são direcionados a busca de uma aposentadoria digna. Assim, por que não teria o direito de reajuste nos valores de benefícios um trabalhador que se aposentou e que continuou a trabalhar e contribuir para o INSS?
Por que esse trabalhador não pode renunciar uma aposentadoria em busca de algo mais vantajoso para ele, se houve uma contribuição legal para isso? A não aceitação do direito a desaposentação é uma verdadeira extorsão aos milhares de trabalhadores brasileiros que tanto deram por esse país e que já sofrem em sua aposentadoria por causa de outras distorções criadas pelo governo, como é o caso do Fator Previdenciário.
Uma negativa do Supremo não só será uma afronta do Supremo à população como também um incentivo a informalidade, pois, de que adiantará para os empregadores e aos trabalhadores arcarem mensalmente com um custo alto, se nada terão em troca?
Enfim, a decisão que deve ocorrer nos próximos meses vai muito além dos milhares de brasileiros que já buscam esse direito na Justiça e que serão impactados com a repercussão geral do tema. Também vai muito além de outras centenas de milhares que possuem esse direito. O que se está em jogo é até quando a população terá que pagar por um sistema administrativo que se mostra totalmente distorcido. Por isso a importância de se lutar pelo direito da desaposentação. Chegou a hora da população demostrar sua vontade!

FIQUE ATENTO | Redução de preço nas ligações de telefone fixo para móvel já está valendo

AB - As ligações de telefone fixo para celular ficarão mais baratas. A redução do preço, determinada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), vale para chamadas locais ou de longa distância originadas nas redes das concessionárias da telefonia fixa (Oi, Telefônica, CTBC, Embratel e Sercomtel) e destinadas às operadoras móveis.
A redução chegará a 22% nas ligações de telefone fixo para móvel em que as discagens diretas a distância (DDDs) são iguais. Nas chamadas de fixo para móvel em que os DDDs dos telefones de origem e de destino da ligação têm apenas o primeiro dígito igual como, por exemplo, 61 e 62, haverá queda de 14%, em média. Já nas ligações em que os primeiros dígitos dos DDDs do telefone fixo e do móvel são diferentes – 31 e 41 –, a redução será de 12%, em média.
A diminuição do preço das chamadas é consequência da redução dos valores de referência para tarifas de remuneração de redes móveis e faz parte do Plano Geral de Metas de Competição da Anatel, aprovado em 2012. Os novos valores foram aprovados no início de fevereiro pelo Conselho Diretor da Anatel.

FUTURO | Plano Simplificado permite contribuição previdenciária com alíquota de 11%

MPS – O Plano Simplificado permite que o contribuinte individual e o segurado facultativo possam recolher a contribuição previdenciária por meio de alíquota reduzida de 11%. São considerados contribuintes individuais os trabalhadores que atuam por conta própria, conhecidos como autônomos, e aqueles que prestam serviços de natureza eventual a empresas, sem vínculo empregatício. São exemplos de contribuintes individuais, entre outros, os sacerdotes, os síndicos remunerados, os motoristas de táxi, as diaristas.
Já a categoria de segurado facultativo inclui as pessoas com mais de 16 anos que não exerçam atividade remunerada que as enquadrem como segurados obrigatórios da Previdência Social. Entre as quais estão a dona de casa, o sindico de condomínio quando não remunerado e o estudante.
Esses segurados podem optar pelo plano simplificado, recolhendo 11% do salário mínimo. Para isso, basta informar na Guia da Previdência Social (GPS), o código de recolhimento correspondente ao plano. Clique aqui e confira a lista de códigos de recolhimento da GPS.   Está excluído dessa modalidade de contribuição o contribuinte individual que seja prestador de serviços.
O segurado que contribui com 11% do salário mínimo tem direito aos seguintes benefícios da Previdência Social: aposentadoria por idade, auxílio-doença, salário-maternidade, pensão por morte, auxílio-reclusão e aposentadoria por invalidez. Quem opta por essa modalidade de recolhimento não tem direito a aposentadoria por tempo de contribuição.
O segurado que deseja voltar a recolher com alíquota de 20% poderá alterar a alíquota a qualquer momento. Entretanto, o período contribuído com 11% não será considerado para fins de aposentadoria por tempo de contribuição. Neste caso, se o segurado recolhe a contribuição com o valor de 11% do salário mínimo e depois queira contar esse tempo de contribuição para fins de obtenção de aposentadoria por tempo de contribuição, deverá complementar a contribuição mensal, mediante o recolhimento de mais 9%, incidente sobre o salário mínimo, acrescido de juros.
Segundo o Anuário Estatístico da Previdência Social (AEPS), 2,3 milhões de contribuintes individuais e 778 mil segurados facultativos haviam aderido ao Plano Simplificado em 2013.
nova

Câmara amplia benefícios e aprova passagens para mulher de deputado

Reajuste inclui verba de gabinete, auxílio-moradia gastos com passagens.
Segundo Cunha, impacto é nulo porque haverá cortes em outras áreas.

Fernanda CalgaroDo G1, em Brasília
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), autorizou nesta quarta-feira (25) aumento em todas as despesas com parlamentares, incluindo verba de gabinete, auxílio-moradia e cota parlamentar, que inclui gastos com passagens aéreas e conta telefônica. Com a ampliação dos benefícios, esposas de deputados também serão incluídas na cota de passagens aéreas entre Brasília e o estado de origem do parlamentar.

Como o reajuste será a partir de abril, neste ano representará impacto de cerca de R$ 110 milhões. No entanto, a partir de 2015, a despesa extra será da ordem de R$ 146,5 milhões  por ano.
Cunha explicou que se trata de um reajuste inflacionário, mas que serão feitos cortes na mesma proporção para que o impacto seja “zero” nos cofres da Casa. “Aceitamos a correção da inflação mediante o corte de gastos. O efeito será nulo, zero de despesa”, afirmou. Segundo o presidente da Casa, os cortes serão feitos em atividades-meio, como contratos de informática e compra de equipamentos. “Faremos no tamanho da correção”, explicou.

A verba de gabinete, usada para pagar funcionários, foi reajustada em 18,01% com base no IPCA desde julho de 2012, e passará de R$ 78 mil por mês para R$ 92 mil. Cada parlamentar pode contratar até 25 pessoas. O impacto anual será de R$ 129 milhões.

A cota parlamentar destinada para o custeio de passagens aéreas e transporte será reajustada em 8%, o que representará um impacto adicional de 16,6 milhões por ano. O valor da cota varia conforme o estado de origem do deputado. O maior valor é pago a deputados de Roraima, hoje em R$ 41 mil por mês. O menor valor é dado a deputados do Distrito Federal, cerca de R$ 27 mil. O dinheiro também é usado para despesas com telefone e correio.

Também foi autorizado que a verba seja usada para comprar passagem aérea para cônjuges, atendendo à reivindicação de mulheres de parlamentares. O recurso só poderá ser usado quando o itinerário for entre Brasília e o estado de origem.

Além disso, a partir de abril, o auxílio-moradia passará de R$ 3.800 para R$ 4.243 por mês. Por ano, o impacto extra será de R$ 885 mil.

Reajustes unificados
Segundo Eduardo Cunha, as despesas da Casa passarão a ser reajustadas pelo IPCA e sempre na mesma época. Até então, eram usados índices diferentes e em datas diversas.

“Vai ter a partir de agora uma única correção. Ou seja, nós fizemos a correção da inflação de todos os itens de despesa para ter uma unificação, porque eles têm períodos de reajuste diferenciados. Trouxemos pelo IPCA todos unificados para janeiro de 2015 e com a contrapartida do corte de gastos para não haver qualquer aumento de despesa”, explicou Cunha.
Anfip
O ministro da Previdência Social, Carlos Gabas, afirmou, em entrevista publicada nesta segunda-feira (23) no jornal O Estado de S. Paulo, que não há déficit na Previdência Social. O ministro confirma o discurso da ANFIP de que não há rombo na contas previdenciárias, comprovado por dados que a Entidade publica anualmente na Análise da Seguridade Social (recorde aqui a edição do ano passado).
Gabas admitiu também que o fator previdenciário é ruim e adiantou que o governo Dilma Rousseff vai iniciar uma discussão com os movimentos sindicais para acabar com o critério, substituindo-o pela fórmula 85/95, que soma a idade com o tempo de serviço – 85 para mulheres e 95 para homens.
Leia abaixo o trecho da entrevista em que o ministro desmente o rombo e aqui a notícia completa:
O Estado de S. Paulo: No ano passado, o déficit da Previdência foi de R$ 51 bilhões. Neste ano deve subir mais, se aproximando de R$ 60 bilhões. Essa trajetória preocupa?
Ministro Gabas: A arrecadação tem surpreendido negativamente, e de fato, as desonerações da folha de pagamento impactaram muito. Mas essa história do déficit precisa ser tratada com uma visão mais contábil. Nós temos um modelo de previdência urbana e rural. Tivemos no ano passado cerca de R$ 35 bilhões de superávit na previdência urbana. No rural, a política não foi pensada com premissa de ter superávit, porque é uma política com objetivo de proteger o homem do campo, aqueles que trabalham a terra em regime de agricultura familiar. Esse trabalhador rural é quem produz 73% dos alimentos que nós comemos. Não vemos latifúndio de dez mil hectares produzindo tomate, feijão, legumes, apenas commodities.
O Estado de S. Paulo: Então, se separar, contabilmente, o modelo rural do urbano, o problema estaria resolvido?
Ministro Gabas: Veja bem, falamos de 8,4 milhões de aposentados rurais que ganham um salário mínimo. Neste segmento a despesa cresceu bastante porque o salário mínimo cresceu muito. Essa política não tem objetivo de ter superávit, a conta não foi feita para fechar, tanto que a Constituição prevê a Cofins e a CSLL para servirem de fonte de renda para custear a previdência rural. Contabilmente nosso regime é equilibrado, mas a conta, depois que houve a unificação dos caixas no Tesouro, se misturou tudo. Tivemos uma arrecadação de R$ 5 bilhões com o rural e gastos de R$ 80 bilhões. A arrecadação da Cofins e CSLL é muito superior a essa diferença, mas isso não fica claro. Temos só que nos colocar de acordo com o pessoal do Ministério da Fazenda para ver como se transferem esses recursos. Não pode pensar em “vamos cobrir o rombo”. Não tem rombo, entende?

veja
O ministro da Previdência Social, Carlos Gabas, em entrevista do jornal O Estado de S. Paulo, defendeu a mudança do cálculo para concessão de aposentadoria no Brasil. Ele acredita que o fator previdenciário, criado em 1999 e usado até hoje, não cumpre o papel de retardar as aposentadorias. A ideia é que ele seja substituído por uma fórmula que adie o tempo que as pessoas podem se aposentar.
Ele cita como possível substituto o conceito 85/95, que soma a idade com tempo de serviço: 85 para mulheres e 95 para homens. “Qualquer cidadão tem que pensar que não é razoável que uma pessoa vivendo 84 anos se aposente aos 49 anos”, exemplifica.
“Previdência não é complemento de renda, é substituto de renda”, comenta ao falar que hoje as pessoas que se aposentam mais cedo tendem a continuar trabalhando para completar a renda.
Gabas também será o articulador do governo junto às centrais sindicais e parlamentares na discussão do pacote de aperto aos benefícios sociais. Segundo ele, “há muitas forças políticas no Brasil que entendem que esse nosso sistema é falido” e que o país precisa de uma grande reforma da Previdência, mas se diz contrário a essa ideia. “O regime atual, se bem administrado, tem sustentabilidade. Esse é o nosso objetivo, por isso as mudanças necessárias em pensão por morte e no auxílio doença. Precisamos desses ajustes e não de grandes reformas”, defendeu.
Ele citou que o governo gastou 94,8 bilhões de reais em 2014 com pensões por morte, montante que beneficiou 7,4 milhões de pensionistas. Já com o auxílio-doença foram gastos 25,6 bilhões de reais para 1,7 milhão de beneficiados.
Gabas defendeu, porém, que as novas medidas não são manobras para fechar as contas públicas deste ano – a Previdência foi responsável por um rombo de 56,698 bilhões de reais nas contas do governo central em 2014.