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domingo, 26 de março de 2017

ARTIGO: “A reforma da Previdência é ineficiente, imoral e inútil”

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Reforma da Previdência afetará trabalhadores com salários mais elevados

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Novas gerações terão que começar cedo o planejamento para aposentadoria

Maia defende decisão de retirar servidores estaduais e municipais da reforma da Previdência

Presidente da Câmara também manifestou interesse em aprovar, na próxima semana, a proposta que cria o Regime Especial para Estados Superendividados
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, defendeu nesta quarta-feira (22) a decisão do governo de retirar servidores estaduais e municipais da reforma da Previdência. Segundo ele, a medida ajuda a aprovação da reforma.
"Na hora que você faz a reforma dos servidores estaduais, primeiro você está entrando em uma competência que não é sua, já que o País é um país federado e não unitário. E você distensiona um debate e uma mobilização nos estados, que do ponto de vista do interesse do governo, não era necessária".
Questionado se a medida do governo poderia levar os servidores públicos federais a exigir também a sua retirada do texto da reforma, Maia foi enfático em negar a possibilidade.
"Se os servidores públicos saírem da reforma não vai ter reforma. E no futuro eles que vão pagar a conta. Imagina se você não faz a reforma da Previdência dos servidores públicos federais se daqui a 3 ou 4 anos, pode estar acontecendo com eles o que está acontecendo com os servidores no estado no Rio de Janeiro".
Parlamentares do governo e da oposição avaliam de forma diferente a decisão do Executivo de retirar servidores estaduais e municipais da reforma da Previdência. A líder do PCdoB, deputada Alice Portugal (BA), acredita que o governo recuou na proposta porque teme a mobilização contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC 287/15).
"Hoje nós temos 20 estados com professores da rede estadual e municipal paralisados e, sem dúvida, com medo dessa mobilização e o gigantismo dessa mobilização, dá um passo atrás e tenta isolar o serviço público federal".
O líder do DEM, deputado Efraim Filho (PB), ponderou que a decisão do governo foi correta por respeitar o pacto federativo. Segundo o parlamentar, o melhor é delegar aos estados e municípios novas regras previdenciárias que respeitem situações peculiares de cada localidade.
"A melhor decisão é delegar aos estados e municípios que possam definir determinadas regras que são peculiares em cada localidade e os servidores, professores e policiais civis, são exemplos de categoria que tem um vínculo muito maior com o serviço estadual do que com federal".
Rodrigo Maia também manifestou interesse em aprovar, na próxima semana, a proposta que cria o Regime Especial para Estados Superendividados, que suspende dívidas de estados que adotarem contrapartidas, como privatização de empresas públicas e aumento de contribuição previdenciária de servidores.
Reportagem - Luiz Gustavo Xavier

Relator defende contribuição individual para trabalhador rural se aposentar

Objetivo, segundo o parlamentar, é evitar fraudes no sistema
O relator da reforma da Previdência, deputado Arthur Oliveira Maia, do PPS baiano, defendeu a contribuição individual dos trabalhadores rurais para a Previdência Social. Maia participou de audiência pública sobre a aposentadoria rural na comissão especial que analisa a reforma previdenciária [PEC 287/16]. Ele afirmou que ainda não tem uma fórmula pronta, mas defende a contribuição, principalmente para os chamados segurados especiais, que são os trabalhadores rurais que exercem a atividade em regime de economia familiar em pequenas propriedades. Este grupo representa mais de 90% das aposentadorias rurais concedidas pela Previdência.
A contribuição, segundo Maia, ajudaria a cadastrar os segurados e coibiria fraudes:
"É muito difícil admitir que alguém queira se aposentar e não pague absolutamente nada ao INSS. [....] Se a pessoa não pode pagar mensal, pelo menos pode pagar algo que seja pequeno e seja anual. O que não pode é deixar de pagar. Hoje, na prática, existe o não pagamento."
Atualmente, os segurados rurais homens se aposentam com 60 anos e as mulheres com 55. A legislação permite que eles recebam o benefício de um salário mínimo mesmo sem contribuir. Basta comprovarem 15 anos de atividade rural.
Pela proposta do governo, as previdências rural e urbana serão unificadas. A aposentadoria se dará com a idade mínima de 65 anos (para os dois sexos), e 25 anos de contribuição individual.
O deputado Bilac Pinto, do PR mineiro, defendeu a contribuição rural, mas disse que ela tem que ser bem analisada. Para ele, é preciso trazer os segurados especiais para o "processo contributivo":
"Os trabalhadores rurais, nós vamos ter que fazer uma análise muito específica, em função da sua característica, do seu trabalho. É uma pessoa que está trabalhando há muito tempo, ao léu, que tem uma carga horária debaixo do sol, e ele tem sua especificidade. E nós temos que jogá-lo dentro do processo contributivo. Todos os brasileiros terão que contribuir com a Previdência do nosso País."
A previdência rural acumulou no ano passado um deficit de R$ 103 bilhões. Segundo o governo, esse valor deverá subir nos próximos anos, o que justificaria a mudança nas regras do segmento.
Para o deputado Rubens Otoni, do PT goiano, a proposta do governo só vai prejudicar os homens do campo:
"É um verdadeiro pacote de maldade com o trabalhador rural [...] Fazer com que o trabalhador rural, para ter acesso a aposentadoria, tenha que contribuir pelo menos 25 anos, para poder acessar a Previdência, é, na prática, dizer que o trabalhador rural não terá aposentadoria."
O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Alberto Broch, disse que a proposta do governo vai retirar os trabalhadores rurais do sistema previdenciário. O principal obstáculo é a exigência de 25 anos de contribuição:
“Por este critério, nós temos uma estimativa que nós poderemos deixar fora do Regime Geral da Previdência Social (RGPS) mais de 80% dos segurados especiais, especialmente os trabalhadores rurais do Brasil. Deixando eles fora, pode ser que vão para a assistência social."
O relator da comissão especial da reforma da Previdência, deputado Arthur Oliveira Maia, disse que vai discutir a questão da aposentadoria rural com as bancadas partidárias antes de fechar o relatório.
Reportagem - Janary Júnior

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Demitido próximo de se aposentar tem indenização

Clayton Castelani
do Agora
O trabalhador que está chegando perto de completar o tempo de contribuições previdenciárias suficiente para pedir a aposentadoria pode ter assegurado o direito de permanecer no emprego até o dia em que finalmente reunir os requisitos para solicitar o seu benefício à Previdência Social.
Nos casos em que há direito à estabilidade, o patrão que descumprir essa regra poderá ser obrigado a indenizar o funcionário.
A estabilidade na pré-aposentadoria é permitida por meio de acordos entre patrões e empregados e, por isso, não são todas as categorias que têm a vantagem.
A duração costuma variar entre um e dois anos antes de o trabalhador alcançar o direito de pedir o benefício.
Por exemplo, se o acordo entre os sindicatos de empregados e de patrões estabeleceu que uma determinada categoria tem estabilidade de um ano, um homem que trabalha em uma das empresas do segmento não poderá ser demitido ao completar 34 anos de contribuição ao INSS –o tempo mínimo de recolhimentos exigido do homem é de 35 anos.
O empregador que, sem justa causa, demitir o funcionário nessas circunstâncias poderá ser condenado a recontratar o trabalhador ou a pagar os salários e encargos equivalentes ao período da estabilidade.
"A situação mais comum é que a Justiça do Trabalho determine a reintegração", afirma o advogado Rômulo Saraiva.

Veja como cobrar o FGTS que o patrão não pagou

Cristiane Gercina e Fernanda Brigatti
do Agora
O trabalhador que descobre falhas no depósito do seu FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) tem direito de cobrar o patrão na Justiça.
Segundo a PGFN (Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional), 198.790 empresas devem R$ 24,5 bilhões ao fundo. Com isso, mais de 7 milhões de trabalhadores foram prejudicados.
Por lei, o patrão é obrigado a depositar 8% do salário em uma conta do FGTS em nome do profissional.
Se esses depósitos não foram feitos, o trabalhador deve buscar a Justiça do Trabalho contra a empresa e pode cobrar até cinco anos de FGTS não depositado.
O prazo para entrar com uma ação é de até dois anos após o desligamento, seja na demissão sem justa causa ou a pedido do profissional.
"O trabalhador deve verificar, no ato da demissão, se o FGTS foi pago", orienta o advogado trabalhista Alan Balaban, do escritório BMTR Advogados.

Segurado leva quatro meses para recuperar auxílio suspenso

Clayton Castelani
do Agora
Retomado há um mês, o pente-fino do governo nos benefícios por incapacidade pagos pelo INSS está avançando rápido –mais de 30 mil perícias já tinham sido realizadas até a semana passada–, mas quando o que está em questão é o tempo necessário para o segurado recuperar o auxílio-doença cancelado pelo órgão, o ritmo é bem mais lento.
Desde que o governo decidiu acabar com a possibilidade dos segurados pedirem a reconsideração do resultado das perícias, no ano passado, o caminho possível para recorrer contra o cancelamento de um benefício é a Junta de Recursos da Previdência Social, onde a espera por uma resposta pode passar de quatro meses.
O prazo oficial para a resposta é de 85 dias.
Mas, de acordo com as regras informadas pela Previdência, o órgão possui mais 20 dias para comunicar o resultado do julgamento do recurso.
Em caso de vitória do segurado, a espera pode ser alongada em ao menos mais 30 dias, prazo para o INSS recorrer da decisão da Junta.

Saiba como pedir o cartão para sacar FGTS

Leda Antunes
do Agora
Os trabalhadores que têm até R$ 3.000 nas contas inativas do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) podem fazer um Cartão do Cidadão para facilitar o saque.
Com esse cartão, a grana pode ser retirada diretamente em caixas automáticos, agências lotéricas ou correspondentes Caixa Aqui.
O saldo das contas inativas desde 31 de dezembro de 2015 começa a ser liberado no mês que vem para os nascidos em janeiro e fevereiro.
Segundo a Caixa, 95% dos 30 milhões de trabalhadores que terão direito de retirar a grana vão poder sacar até R$ 3.000 até julho.
O Cartão do Cidadão é o mesmo usado para o recebimento do seguro-desemprego e do abono salarial.
Ele pode ser solicitado por telefone, no 0800-7260207, ou em qualquer agência da Caixa.
Será preciso informar os dados pessoais e o número do PIS ou Pasep.

Regra para aposentadoria será mais dura

FSP
Se aprovada como foi proposta pelo governo, a reforma da Previdência vai colocar o Brasil entre os países com regras mais rígidas para aposentadoria.
Um dos principais pontos da reforma é a elevação do tempo mínimo de contribuição, que passaria dos atuais 15 anos para 25 anos, com uma idade mínima de 65 anos, para obter 76% do benefício. Para receber o valor integral, a contribuição mínima seria de 49 anos.
A justificativa é o aumento da proporção de idosos em relação aos jovens, o que inviabilizaria a Previdência, diz o governo.
Países que já passaram por essa transição demográfica, porém, têm regras mais flexíveis. Na OCDE, grupo que reúne os países mais desenvolvidos do mundo, um trabalhador consegue o benefício integral após contribuir em média por 44 anos.

Mãe que trabalha fora pode ganhar aposentadoria antes

Clayton Castelani
do Agora
O texto da reforma da Previdência a ser votado na Câmara ainda neste semestre deverá prever uma redução no tempo de contribuição ou na idade mínima das mulheres, contrariando assim a proposta do governo Michel Temer (PMDB) de igualar as regras de concessão para homens e mulheres, opinou ontem o relator da reforma, deputado Arthur de Oliveira Maia (PPS-BA), em entrevista ao Agora, pouco antes de se reunir com dirigentes de sindicatos na sede da Força Sindical, em São Paulo.
A diminuição na espera pela aposentadoria não deve ser estendida a todas as mulheres, mas somente àquelas que são mães e têm atividade profissional remunerada, segundo o deputado.
A medida seria uma compensação pela dupla jornada, comum à maior parte das mães que trabalham fora, avalia o deputado.
"A mulher tem dupla jornada porque a mentalidade da nossa sociedade ainda vincula a mulher aos afazeres domésticos", disse o relator.

domingo, 12 de fevereiro de 2017

Previdência: reforma torna quase impossível a aposentadoria integral

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Uma reforma ruim para professor, trabalhador rural, para todos

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