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terça-feira, 27 de junho de 2017

Governo poderá “confiscar” atrasados do INSS

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domingo, 25 de junho de 2017

Lei determina desconto de Imposto de Renda de 25% para aposentado que for morar no exterior

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Reforma da Previdência está virtualmente derrotada, dizem parlamentares


Em risco a antecipação do 13º salário aos aposentados do INSS

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Sobrevida de Temer não aumenta chances de reforma da Previdência

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sábado, 3 de junho de 2017

Metade deve perder benefício por invalidez

Clayton Castelani
do Agora
O pente-fino do INSS nas aposentadorias por invalidez irá atingir dez vezes mais segurados do que havia sido previsto pelo governo, segundo uma fonte do setor de perícias da Previdência.
Quando a revisão dos benefícios foi anunciada, a estimativa oficial era cancelar 5% das aposentadorias revisadas.
Mas essa previsão é considerada muito inferior ao que será apurado.
"Serão cortadas de 50% a 60% das aposentadorias por invalidez", disse a fonte ao Agora.
Os aposentados por invalidez com menos de 60 anos de idade e que não passam por perícia há mais de dois anos deverão ser convocados para ter seus benefícios revisados a partir de agosto, mês em que o INSS deverá encerrar o pente-fino nos auxílios-doença.

Veja como manter o direito aos benefícios da Previdência

Leda Antunes e Clayton Castelani
do Agora
Quem perde o emprego com carteira assinada ou deixa de pagar o carnê do INSS mantém por até três anos o direito aos benefícios da Previdência Social, como o auxílio-doença, o salário-maternidade ou a aposentadoria por invalidez.
Ou seja, apesar de não estar em dia com as contribuições, o cidadão continua com a chamada qualidade de segurado por algum tempo.
Mas a duração da qualidade de segurado depende do tempo acumulado de contribuições, se o trabalhador tinha registro em carteira profissional, se o seguro-desemprego foi sacado e, ainda, no caso de quem recolhe por conta própria, se o contribuinte era autônomo, MEI (microempreendedor individual) ou facultativo.
Por exemplo, a qualidade de segurado dura apenas um ano no caso de um trabalhador que tem menos de dez anos de carteira assinada e, após a demissão, não saca o seguro-desemprego.
Mas, se ele for contribuinte há mais de dez anos e receber o seguro-desemprego, o direito aos benefícios dura até 36 meses (três anos).

quinta-feira, 1 de junho de 2017

Advogados previdenciários apontam erros da reforma na CPI da Previdência

   
Da Redação | 29/05/2017, 19h44 - ATUALIZADO EM 30/05/2017, 12h16

Advogados do ramo do Direito Previdenciário foram unânimes em afirmar, em audiência pública na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Previdência, que a reforma proposta pelo governo para o setor parte de diagnósticos equivocados e premissas seletivas. Para eles, a reforma é “aberrativa” e leva o país “para o abismo”. A audiência, realizada nesta segunda-feira (29), foi a sexta promovida pela CPI para tratar do assunto.
Thais Maria Zuba explicou que as análises que justificam a reforma ignoram que o modelo escolhido para a Previdência brasileira já computa soluções para os seus próprios problemas. Segundo ela, os cálculos que apontam déficit no setor deliberadamente excluem receitas que, enquanto não têm caráter diretamente previdenciário, existem para minimizar riscos do sistema como um todo.
- Quando se desconsidera o conjunto das contribuições, estamos desconfigurando o que foi pensado [pela Constituição] em termos de custeio. O regime de repartição consegue pagar uma maior quantidade de riscos porque, no grupo, eles se diluem - afirmou.
Thais Maria Zuba disse que o problema do envelhecimento populacional, que reduz a proporção entre população ativa e inativa ao longo do tempo, já foi considerado na elaboração do sistema. Por isso a Previdência é abastecida com cobranças sobre lucros das empresas, importações e loterias, por exemplo – porque essas bases de cálculo, segundo a advogada, estão mais imunes a mudanças na pirâmide etária do país.
Zuba também defendeu o regime previdenciário atual, em que a Previdência é integrada a áreas como saúde e assistência social. Para ela, esse sistema é o mais eficiente para proteger a população de forma sustentável, pois usa as contribuições para garantir a qualidade de vida que vai garantir que a população economicamente ativa continue produtiva e contribuindo.
- O Estado percebeu que nós não somos previdentes. É da nossa natureza. Não pensamos que existem riscos e que eles são inerentes à existência humana. Não temos, normalmente, disciplina de fazer uma poupança para uma eventual situação de risco - disse.
Irresponsabilidade
Diego Monteiro Cherulli também observou que o cálculo que aponta déficit previdenciário mistura os servidores públicos federais e os militares ao Regime Geral da Previdência Social (RGPS), o que é incorreto porque eles têm regimes próprios, com custeio à parte, e não integram a seguridade social.
Cherulli também apontou que o Executivo federal tem usado mal o chamado “fundo poupador” da Previdência, criado pela Emenda Constitucional 20, de 1998. O fundo tinha por objetivo guardar e investir eventuais superávits previdenciários para o futuro. Porém, segundo o advogado, ele tem sido usado pelos sucessivos governos como caixa para despesas correntes.
- Quando o legislador diversificou a base de financiamento, ele sabia que ia sobrar e que precisaria poupar para garantir o pagamento dos benefícios no futuro. Os técnicos não se adaptaram às novas disposições e à vontade da emenda. Eles mantiveram a aplicabilidade da regra antiga: só folha de pagamento custeia a Previdência, e não é assim - explicou.
Para o advogado, essa prática pode ser enquadrada como uma violação à Lei de Responsabilidade Fiscal.
Gestão
Adriane Ladenthin apresentou à CPI alguns dados que estão disponíveis publicamente nos portais governamentais da Previdência Social e que, para ela, indicam erros na elaboração e no direcionamento da reforma. Conforme explicou, mais de 80% dos benefícios do RGPS são de até dois salários mínimos.
Ela também afirmou que o grande problema da Previdência, hoje, não é de estrutura, mas de gestão da seguridade social. Há ineficiência administrativa que leva a judicialização, fiscalização ineficiente que não consegue prevenir acidentes de trabalho e problemas no sistema de saúde que sobrecarregam os benefícios assistenciais. Além disso, o próprio RGPS contém distorções, como desequilíbrios para a concessão de alguns benefícios.
Ainda de acordo com Adriane Ladenthin, a Previdência faz um trabalho ruim em estimular os cidadãos a contribuírem. Ela afirmou que a população tem um entendimento equivocado do funcionamento e do objetivo da Previdência Social, e, por isso, tende a se afastar do sistema. Segundo ela, há cerca de 10 milhões de pessoas na “informalidade previdenciária”.
- As pessoas não querem contribuir para a Previdência porque ela presta um desserviço. Apesar de termos uma Previdência que tem a função de distribuição de renda, a propaganda é invertida. Falta educação previdenciária - afirmou.
Servidores e setor rural
Theodoro Agostinho também opinou que falta uma boa gestão, e também ressaltou que há desconhecimento, entre os proponentes da reforma, de aspectos como a previdência do setor público. Ele disse que o regime próprio do funcionalismo passou por alterações recentes que corrigiram desigualdades e permitirão a equalização do sistema nos próximos anos. Além disso, observou que, diferente dos trabalhadores do setor privado, os servidores públicos precisam contribuir para a Previdência mesmo quando aposentados.
Jane Lúcia Berwanger falou sobre o setor rural, e alertou sobre o risco social de se alterar o regime especial do qual se beneficiam os trabalhadores rurais. Ela afirmou que, caso passe a vigorar um sistema de contribuições individuais voluntárias, a tendência é que as mulheres fiquem desprotegidas, pois não terão como efetuar as suas próprias contribuições, e que o país vivencie um forte êxodo rural.
Além disso, segundo ela, essa mudança subverteria um dos principais objetivos da aposentadoria rural, que é a redução de desigualdades regionais. Atualmente, o sistema é desenhado para que regiões menos produtivas não fiquem descobertas.
Auditoria Cidadã
A audiência também teve a participação de Maria Lúcia Fatorelli, coordenadora da Auditoria Cidadã da Dívida, associação que milita pela investigação das origens e da composição da dívida pública brasileira. Ela pediu à CPI que vá além da análise da Previdência e que trabalhe para identificar as causas do rombo nas contas públicas do país.
Para isso, sugeriu o estudo das conclusões de outra comissão de inquérito, a da Dívida Pública, realizada pela Câmara dos Deputados entre 2009 e 2010.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado
)

CE vai debater os impactos da reforma da Previdência sobre professores

   
Sergio Vieira | 30/05/2017, 14h33 - ATUALIZADO EM 30/05/2017, 16h23

Por solicitação das senadoras Fátima Bezerra (PT-RN) e Lídice da Mata (PSB-BA), a Comissão de Educação (CE) aprovou nesta terça-feira (30) a realização de uma audiência pública para discutir os impactos que a proposta de reforma da Previdência - ainda em análise na Câmara dos Deputados como PEC 287/2016 - poderá ter para o setor da educação e seus profissionais.
Durante a reunião Fátima voltou a qualificar a proposta de reforma previdenciária do governo federal de "precarizante" e que, em conjunto com a reforma trabalhista (PLC 38/2017), constitui "um ataque avassalador sobre a classe trabalhadora, com impactos profundos na vida também de docentes e educadores de Norte a Sul do país".
— E essas mudanças não atingem só os trabalhadores da iniciativa privada, mas também servidores públicos federais da educação, alterando significativamente a estrutura das universidades e instituições de ensino superior, os institutos de educação profissional, científica e tecnológica — reforçou.
Serão convidados para a audiência, cuja data ainda será marcada, Elenildo Santos, presidente do Departamento Intersindical de Estudos e Pesquisas de Saúde e Ambientes de Trabalho; Arthur Macedo, presidente da Associação Nacional dos Centros Universitários; Heleno Gomes, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação; Antônio Cunha, presidente da Federação Nacional das Escolas Particulares; Eblin Farage, presidente do Sindicato Nacional dos Docentes de Instituições de Ensino Superior; Eduardo Rolim, presidente da Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior; e Carina Vitral, presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE).
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado
)

Paim: bônus de eficiência aos peritos do INSS retira direitos dos trabalhadores

   
Da Redação e Da Rádio Senado | 30/05/2017, 19h32 - ATUALIZADO EM 30/05/2017, 21h57

O senador Paulo Paim (PT-RS) demonstrou preocupação com a Medida Provisória (MP) 767/2017, que institui um bônus de eficiência aos peritos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Para ele, a MP está retirando o direito dos aposentados por invalidez e dos trabalhadores que recebem auxílio-doença.
De acordo com o senador, aposentados e trabalhadores doentes estão sendo mandados de volta às fábricas por peritos e não estão sendo aceitos pelos médicos das empresas. Por isso, alguns acabam ficando vários meses sem receber os benefícios previdenciários ou os salários.
Além disso, Paulo Paim lembrou que esta mesma medida provisória foi apresentada no ano passado e não foi aprovada pelo Congresso. Agora, foi reeditada para pagar bônus aos peritos do INSS que mandarem de volta às ruas os trabalhadores sem condições de retornar as suas funções.
O senador também criticou o fato de que trabalhadores próximos dos 60 anos, com aposentadoria ou auxílio suspensos, não conseguem mais colocação no mercado de trabalho.
— Tem que acabar com essa bagunça de querer pegar os velhinhos aposentados por invalidez, jogar no olho da rua, e dar risada ainda porque fizeram alguma grande coisa ao país. O nome da Previdência é Previdência Social, é Seguridade Social. Tem um compromisso aí — afirmou o senador.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado
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Aposentadoria não extingue contrato de trabalho, explicita proposta aprovada na CAS

   
Sergio Vieira | 31/05/2017, 14h16 - ATUALIZADO EM 31/05/2017, 14h22

Em reunião realizada nesta quarta-feira (31), a Comissão de Assuntos Sociais (CAS) aprovou projeto que altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) para explicitar que a concessão da aposentadoria a pedido do trabalhador não rescinde o contrato de trabalho a qual ele estiver submetido no momento (PLC 137/2015). O projeto será agora analisado no Plenário do Senado.
O relatório aprovado foi elaborado pelo senador José Pimentel (PT-CE) e lido na reunião pela senadora Maria do Carmo Alves (DEM-SE). No texto, Pimentel esclarece que o objetivo do projeto é adequar a CLT ao que já foi decidido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) ainda em 2006, a partir de uma ação direta de inconstitucionalidade movida por PT, PDT e PC do B contra o artigo introduzido na CLT em 1997.
O objetivo desses partidos na época, segundo explica o senador, era derrubar a interpretação do Tribunal Superior do Trabalho (TST) de que o trabalhador aposentado, mesmo que continuasse a trabalhar na empresa, não teria mais direito à multa de 40% do FGTS referente ao período anterior à aposentadoria.
"Não concordamos com essa interpretação e também questionamos a constitucionalidade do artigo introduzido na CLT em 1997, até que o STF acatou esse mesmo entendimento, de que exigir a ruptura do contrato de trabalho fere a nossa Carta Magna", explicitou Pimentel em seu relatório.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado
)