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quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Rombo na previdência dos governos estaduais já chegou a R$ 50 bilhões, prejudicando milhares de servidores

Déficit nos sistemas de previdência pública dos Estados supera R$ 50 bi

Assim como a União, as despesas dos Estados com pagamento de aposentadorias e pensões de servidores públicos são crescentes e de difícil sustentabilidade no médio e longo prazos. O déficit financeiro do Regime Próprio dos Servidores Públicos (RPPS) dos Estados somou R$ 50,898 bilhões no ano passado. A estimativa foi feita por técnicos do governo a pedido do Valor e usou dados do Relatório Resumido de Execução Orçamentária e demonstrativos enviados ao Ministério da Previdência.
Em 2013, o rombo era de R$ 48,768 bilhões.A situação dos governos estaduais é agravada pela queda da arrecadação de impostos devido ao período de recessão que atravessa o país. Muitos dos Estados e municípios ainda adotam o regime de repartição simples. Ou seja, os trabalhadores da ativa financiam os aposentados e pensionistas e, se faltar dinheiro, o governo local tem que cobrir a diferença. Sem conseguir recursos, alguns governos tentam aumentar a arrecadação elevando a alíquota do ICMS e parcelando pagamento de despesas, como a de pessoal.
O problema é que esses governos não têm espaço nos orçamentos para absorver um aumento nos gastos com pessoal. A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) define um limite de gastos com pessoal em relação à receita corrente líquida. O limite prudencial dos Estados é de 46,55%.
Segundo levantamento repassado ao Valor no ano passado, o regime próprio dos Estados teve receita estimada de R$ 66,648 bilhões, porém as despesas somaram R$ 117,088 bilhões. Com isso, o déficit financeiro foi de R$ 50,898 bilhões. Dos 27 Estados, apenas Acre, Amapá, Rondônia, Roraima e Tocantins ainda registravam superávit financeiro no regime previdenciário. Por outro lado, o São Paulo tem o resultado negativo mais elevado (-R$ 14,071 bilhões), seguido por Rio Grande do Sul (- R$ 7,982 bilhões) e Minas Gerais (- R$ 6,978 bilhões).
Representantes dos regimes previdenciários dos Estados ressaltaram que, se não houver nova reforma da previdência, esses regimes não terão sustentabilidade. Para tentar equilibrar as contas no futuro, alguns Estados estão implementando a previdência complementar nos moldes da Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal (Funpresp). Mas a medida não é suficiente. É preciso revisar, por exemplo, as aposentadorias especiais concedidas a profissionais da área de segurança, médicos e professores, que podem se aposentar com menos tempo de contribuição.
No caso de São Paulo, cujo déficit financeiro chegou a R$ 14 bilhões em 2014, foi instituída a previdência complementar para os servidores públicos em 2011 com o objetivo de garantir a longo prazo o equilíbrio financeiro de todo o sistema previdenciário estadual. Com essa legislação foi criada a Fundação de Previdência Complementar do Estado de São Paulo, responsável por administrar o novo regime previdenciário.
“Essa medida foi adotada após a realização de vários estudos técnicos para encontrar a solução que melhor se adequasse às necessidades dos futuros servidores sem onerar as contas públicas. Da maneira como a previdência complementar do Estado de São Paulo foi concebida, os gastos do governo serão relativamente baixos e, a longo prazo, será possível sanar o déficit previdenciário”, explicou em nota a assessoria do órgão.
Sobre o déficit de 2014, ainda conforme a nota, deve ser examinado com base na receita corrente líquida. No caso de São Paulo, o valor é inferior a 11% dessa receita (R$ 137 bilhões no 1º quadrimestre de 2015) e corresponde a 7% do orçamento para 2015 (R$ 204,8 bilhões), o que deve se manter até aparecerem os primeiros efeitos da previdência complementar.
O coordenador de Orçamento e Planejamento da Secretaria de Fazenda do Paraná, João Luiz Giona Júnior, explicou que governo do Estado conta com dois fundos, um financeiro (repartição simples) e outro previdenciário (capitalização, onde os recursos dos servidores são aplicados, por exemplo, em títulos para bancar as aposentadorias).
Devido à falta de recursos, o governo local resolveu direcionar o pagamento de aposentados com mais de 73 anos – que estava no fundo financeiro e é deficitário – para o fundo previdenciário e superavitário. A medida, que possibilitou uma economia de R$ 121 milhões por mês, foi vista como uma manobra do governo para reduzir despesas com aposentadorias e ter espaço para investimento. “Uma justificativa para o remanejamento foi o investimento”, disse Giona Júnior. O governo de Minas Gerais também fez operação parecida.
No Distrito Federal, onde o governo enfrenta sérias dificuldades financeiras, o déficit financeiro do regime de previdência atingiu R$ 1,937 bilhão no ano passado. Segundo o diretor-presidente do Iprev-DF, Roberto Moisés dos Santos, o governo local também tem dois fundos, como no Paraná. Ele disse que a situação do regime previdenciário no DF é complicada, porque, se não forem adotadas medidas, poderá chegar a déficit de R$ 5 bilhões apenas no fundo financeiro, já que o capitalizado tem um superávit.
Moisés dos Santos contou que não há ativos para serem vendidos para garantir o pagamento de aposentadorias e pensões dos servidores. Mas para tentar reverter a tendência negativa foi encaminhado à Câmara Legislativa do Distrito Federal um projeto de lei para criação da previdência complementar dos servidores públicos. A expectativa é que a proposta seja aprovada ainda neste ano.
O Estado do Rio tem dois institutos de previdência. O Rioprevidência era o único instituto até 3 de setembro de 2013. Todos os que se aposentaram até aquela data continuam recebendo pelo Rioprevidência, nas mesmas condições anteriores. Em 4 de setembro de 2013 entrou em operação o RJ Prev, instituto de previdência complementar.
O Rio também está com uma situação problemática. O déficit financeiro do regime de previdência do Estado atingiu R$ 1,159 bilhão em 2014. A expectativa é que o Rioprevidência feche o ano com rombo de R$ 1,99 bilhão. Esse valor só não é maior porque o fundo contou com uma receita de R$ 6,650 bilhões em depósitos judiciais.
O Estado destina parte dos royalties do petróleo para bancar essas despesas. Porém, com a queda do preço do petróleo, os repasses diminuíram prejudicando o financiamento da previdência dos servidores públicos. Cenário que deve permanecer no próximo ano.
“Estamos buscando alternativa par alocar recursos. O Estado está buscando fortemente receitas extraordinárias”, disse o diretor-presidente da Rioprevidência, Gustavo Barbosa.
(Informações do jornal “Valor Online”) 

A idade de aposentadoria na Europa e outros assuntos

 Não sou eu que digo, mas os números: com R$ 500 bilhões de despesa anual, a previdência social é o principal programa do governo e, por isso, deveria ter prioridade na pauta governamental.
Previdência social é renda para o trabalhador incapacitado para o trabalho, seja porque se invalidou, trabalhou muito ou envelheceu.
Quando ela foi criada, a natureza do trabalho era muito mais física do que intelectual, mas a tecnologia inverteu isso radicalmente.
Ouso dizer que, respeitados limites, hoje, quanto mais idade uma pessoa tem, mais apta está, em razão do conhecimento adquirido e da maturidade profissional.
Agora, nesse mundo novo, ouvintes, vocês acham justo alguém trabalhar 35 anos e ficar outros 30 sem fazer nada? É normal que só o nosso país entre todos, eu disse todos, os desenvolvidos e em desenvolvimento não tenha idade mínima para se aposentar?
Na Alemanha,Holanda, Espanha e Dinamarca é 67 anos e Reino Unido e Irlanda implantarão 68 anos até 2020, em razão do aumento da longevidade e dos déficits fiscais.
Aqui, a aposentadoria por tempo de contribuição é concedida, em média, aos 54 anos e mantida até uns 84 anos.
Quem está certo: nós ou eles?
A resposta é a merreca de aposentadoria que o governo daqui paga. Melhor: ele finge que paga e o trabalhador finge que para, pois continua trabalhando depois de aposentado, para ganhar dois salários.
A Paula de Londrina me pergunta qual a diferença entre INSS e previdência privada.
Olha, basicamente, a forma de financiamento.
O INSS é financiado pelo regime de repartição simples ou de caixa.
Significa que a geração atual de trabalhadores contribui para pagar, no mesmo mês, as aposentadorias da geração anterior de trabalhadores que hoje está na inatividade. Há uma solidariedade inter-geracional: uma geração financia a aposentadoria da que lhe antecedeu no mercado de trabalho.
Assim, um dos equívocos do trabalhador é que ele acha que contribui para pagar sua própria aposentadoria, quando, na verdade, é para pagar a aposentadoria de alguém que nem conhece.
Já o financiamento da previdência privada é por capitalização. O trabalhador contribui para sua própria aposentadoria. As contribuições arrecadadas são poupadas e aplicadas no mercado financeiro. E como há os juros dos investimentos, a aposentadoria não sai só do seu bolso.Depois de 35 anos contribuindo, do total da reserva previdenciária, incríveis 69% vêm dos juros.
É, na previdência privada há reservas financeiras, no INSS não. Inclusive falta dinheiro: o déficit será de R$ 85 bilhões este ano.
Por isso que, nos últimos 40 anos, diminuiu de 20 salários mínimos para 5,9 salários o máximo que alguém recebe da previdência social.

 O que vou falar hoje é amargo para os trabalhadores, mas está calcado em tudo que aprendi em 30 anos lidando com previdência e finanças pessoais.
Não dá mais para a previdência social desconsiderar o aumento da longevidade e a queda da natalidade.Vive mais, tem que trabalhar mais.
Em 50 anos, aumentamos em 20 anos a expectativa de sobrevida como aposentados.
Mesmo assim, não implantamos uma idade mínima para se aposentar e mantivemos regras de aposentadoria por tempo de contribuição que permitem um trabalhador contribuir por 35 anos, se aposentar, em média, aos 54 anos e viver outros 30 anos aposentado.
Manter isso é uma irresponsabilidade técnica e uma ingenuidade. A única alternativa que sobra aos sucessivos governos é: diminuir benefícios.
E os sindicalistas radicais e políticos irracionais,que preferem ficar bem com a opinião pública no curto prazo comprometendo a velhice do trabalhador
no longo prazo, continuam a pressionar por mais benesses, como a ridícula fórmula 85/95.
Já disse aqui que com a evolução demográfica e a política do salário mínimo atual, em 20 anos, o máximo que o INSS vai pagar são 3 salários, ou R$ 2.364,00 de hoje.
Pois, se continuarmos com essa irresponsabilidade previdenciária, vai piorar. Revendo meus números, não me surpreenderia com aposentadorias de só um salário mínimo no futuro.

A Fátima vai se aposentar na previdência privada.
Deram a ela duas opções: aposentadoria por tempo determinado ou vitalícia.
Ela tem 60 anos e não sabe o que fazer, mas está tentada a escolher a por tempo determinado, por 20 anos, que tem um valor maior- R$ 3.500,00, do que a vitalícia que paga só R$ 2.900,00.
Olha, Fátima, eu não teria dúvida: escolheria a menor aposentadoria. Ficou espantada? Então vou explicar.
Quando a gente escolhe por prazo determinado, a responsabilidade da instituição de previdência termina quando termina o prazo. No caso, os vinte anos. O risco de viver mais fica todo com você. Se continuar viva, não vai ter do que viver.
Já quando escolhemos renda vitalícia, o risco de a gente viver mais é todo da instituição de previdência. Exemplo: se você viver até os 90 anos, todos os meses a sua aposentadoria estará depositada.
Esse risco custa os R$ 600,00, a diferença da aposentadoria de R$ 3.500,00 para a de R$ 2.900,00.
Mas, previdência, a gente contrata para dormir tranquilo, entendeu?
E um dado incontestável: a longevidade está aumentando. Só nos últimos 13 anos a expectativa de vida ao nascer aumentou 5 anos e não dá para ir contra isso.

Aposentado que voltou ao mercado de trabalho espera, com ansiedade, a aprovação da desaposentadoria

Aposentados que voltaram a trabalhar cobram cálculo novo do benefício.Desaposentadoria está sendo estudada no STF. Senado aprovou a proposta de MP que dá a possibilidade de fazer o recalculo desse benefício.
Aposentados que voltaram ao trabalho estão indo à Justiça cobrar um cálculo novo do benefício. O governo diz que a desaposentadoria, aprovada no Congresso, pode custar R$ 70 bilhões aos cofres públicos em 20 anos.
EnvelhecerDesaposentadoria? Você já ouviu falar nessa palavra? Seu Julio Cesar Matheus tomou conhecimento dela em 2009.
“É a troca de aposentadoria. É você abrir mão da que você tem para uma nova”, diz Julio César Matheus, aposentado.
“Desaposentação. Esse nome esquisito, que nada mais é do que pedido, até hoje, judicial, exclusivamente judicial, onde o aposentado, ele pede: a renúncia da sua aposentadoria atual e no mesmo ato que seja concedida uma nova aposentadoria somando-se todo o período trabalhado e contribuído”, explica Murilo Aith, advogado.
Traduzindo: quando alguém se aposenta e continua trabalhando tem que pagar novamente o INSS. Os pedidos na Justiça são para que o tempo em que a pessoa trabalha depois de estar aposentada passe a ser contado para que possa aumentar a aposentadoria. É o que Seu Aldenir está pedindo.
Depois de 33 anos e meio de contribuição, ele se aposentou. Mas o valor da renda caiu tanto que ele continuou trabalhando por mais dez anos. Agora ele quer que esse tempo possa ser considerado no benefício que recebe.
“A gente tem que ver se consegue pelo menos melhorar o salário”, comenta.
O que isso significa em valores? O advogado dá um exemplo: um homem que tenha se aposentado em 2008 aos 53 anos, ganhando R$ 2.344 de aposentadoria e continuou trabalhando mais oito anos depois disso. Se esse período for contado no benefício, diz o advogado, o valor com a desaposentação passaria para perto do teto: R$ 4.590.
A desaposentadoria está sendo estudada no Supremo Tribunal Federal. O Senado aprovou a proposta de medida provisória que dá a possibilidade de fazer o recalculo desse benefício. Falta agora a aprovação ou o veto da presidente Dilma Rousseff.
Se a presidente Dilma não vetar a medida, o aposentado vai poder pedir a recalculo do benefício depois de pelo menos cinco anos trabalhando e contribuindo para o INSS. Seu Julio Cesar tem esperança de conseguir a correção: “É um direito. Plenamente justificável pelo fato que você continua contribuindo. Então nada mais justo de que você tenha a sua aposentadoria atualizada. Isso é muito claro”.
O Ministério da Previdência declarou que só vai se manifestar sobre desaposentadoria quando a questão for julgada no Supremo.

Apenas 30% dos aposentados recebem acima de um salário mínimo por mês

Maioria dos aposentados recebe um salário mínimo por mês
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2013, indicam que apenas 30% dos 29 milhões de aposentados recebiam acima de um salário mínimo. Um quarto deles continuava trabalhando. Mas 74% passavam a depender de outras pessoas para sobreviver: 46% de seus parentes e 28% de terceiros. Apenas 1% conseguia manter o padrão de vida.
A professora de Finanças da FGV, Myrian Lund, explica que, apesar do trabalhador reduzir, em média, mais de 30% dos seus gastos quando se aposenta, a tendência é que ocorra uma perda de 50% da renda após duas décadas recebendo o benefício.
É que, a cada ano, as aposentadorias daqueles que recebem mais de um salário mínimo são corrigidas em um percentual inferior a correção do salário mínimo, ou seja, abaixo da inflação.
“A tendência é que, com o avançar dos anos, a responsabilidade pelo sustento na velhice recaia cada vez mais sobre o indivíduo e menos sobre o governo”, diz.
Os interessados em formar uma reserva para a velhice devem considerar uma soma que corresponda de 25% a 80% da renda desejada e uma expectativa de vida de 90 anos, dizem os especialistas em finanças.
É recomendável incluir também nessa conta as despesas extras, como o pagamento de cuidadores, a necessidade de remédios e a elevação da mensalidade do plano de saúde. Myrian diz que essa poupança deve ser formada, de preferência, na infância. “Quanto mais cedo, menos vai precisar contribuir e mais juros vão incidir sobre esse dinheiro”.
(Do portal do jornal “A Tarde”/Bahia)

Renovação de senha e comprovação de vida para aposentados, após fim da greve dos bancários

Aposentados: comprovação de vida e renovação de senha poderão ser feitas após greve de bancos
Aposentados que precisam fazer a comprovação de vida e renovação de senha, neste mês, podem esperar o fim da greve bancária para ir às agências. A orientação é do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O instituto assegura que nenhum aposentado terá o benefício bloqueado enquanto durar a greve nos bancos.
“Quem precisa fazer a comprovação de vida deve aguardar o fim da greve. De todo modo, o INSS assegura que ninguém terá o pagamento do benefício previdenciário bloqueado em razão da não realização da chamada 39fé de vida39, enquanto permanecer a paralisação da rede bancária”, informou o INSS.
A comprovação de vida é feita anualmente pelos aposentados nas agências bancárias para evitar o pagamento de benefícios indevidos e fraudes. Os bancos informam os beneficiários do cadastramento por meio de mensagens eletrônicas.
Para realizar a comprovação de vida e a renovação de senha, o beneficiário deve ir até a agência bancária e levar um documento de identificação com foto (carteira de identidade, carteira de trabalho, carteira nacional de habilitação, entre outros).
Segundo o INSS, alguns bancos usam o sistema de biometria para fazer a comprovação de vida em terminais de autoatendimento.
Os bancários dos 26 estados e do Distrito Federal entraram em greve no último dia 6, mas nem todas as agencias bancárias estão paradas. De acordo com o da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), em todo o país 11.439 agências e 42 centros administrativos paralisaram as atividades. Segundo o Banco Central, o país tem cerca de 23 mil agências.
Os bancos ofereceram 5,5% de reajuste para salários e vales. A proposta inclui ainda abono de R$ 2,5 mil, não incorporado ao salário. Os bancários querem reajuste salarial de 16% (incluindo reposição da inflação mais 5,7% de aumento real), entre outras reivindicações.

Poder de compra do brasileiro encolherá R$ 280 bilhões até o final de 2016

Poder de compra cai pela primeira vez desde 2004
f previdenciarioEstudo da Tendências mostra que poder de compra dos brasileiros, de R$ 3,06 trilhões em 2014, cairá a R$ 2,82 trilhões este ano e a R$ 2,78 trilhões em 2016
Os brasileiros perderão 280 bilhões de reais de seu poder de compra entre 2014 e 2016. Desde 2004, os recursos disponíveis para o consumo cresceram sem parar a ritmo anual de 2,5%, mas 2015 será o primeiro ano em que esse movimento será revertido, com a queda repetindo-se em 2016, segundo estudo da consultoria Tendências, publicado pelo jornal O Globo. De acordo com o cálculo, a inflação está corroendo a renda e os juros em alta aumentam os desembolsos para pagamento de dívidas.
Em valores absolutos, os brasileiros tinham em mãos 3,06 trilhões de reais em 2014 para gastar tanto em itens essenciais, como habitação, educação, transporte, energia e água, quanto na aquisição de bens de consumo e serviços. Pelos cálculos da Tendências, esse valor cairá a 2,82 trilhões de reais este ano e a 2,78 trilhões de reais em 2016. Trata-se, portanto, de um retrocesso em cinco anos: em 2011, o poder de compra dos brasileiros era de 2,74 trilhões de reais.
Além da inflação e dos juros, a renda também foi comprometida com o aumento da gasolina e das contas de luz e água, os chamados preços administrados. Para chegar aos valores, a Tendências considerou a massa de renda real disponível, descontando a inflação. No cálculo, entram, além de salários, os recebimentos da previdência social e do programa Bolsa Família, por exemplo.
O estudo é assinado pelos economistas Rodrigo Baggi, Rafael Bacciotti e João Morais. “O cenário é negativo para todos os lados. O desemprego deve subir a 8% este ano e chegar a 8,5% em 2016. Já a inflação deve fechar 2015 em 9,6% e recuará até 6,5% no ano que vem, ainda um patamar elevado. Tudo isso fará com que as famílias percam 280 bilhões de seu poder de compra”, disse João Morais.
(Do portal da revista Veja)

Governo ameaça: sem CPMF pode faltar dinheiro para pagar seguro-desemprego

  • Sem CPMF, há risco para seguro-desemprego e abono salarial, diz Levy

Governo já enviou ao Congresso proposta de retomada da CPMF. Levy defende aprovação de imposto sobre grandes fortunas no exterior.

Alexandro MartelloDo G1, em Brasília
Sem o retorno da Contribuição Provisória Sobre Movimentação Financeira (CPMF), cujo projeto já foi enviado pelo governo ao Congresso Nacional, há risco para programas importantes de proteção ao trabalhador, como o seguro-desemprego e o abono salarial, afirmou o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, nesta quarta-feira (14) durante audiência pública no plenário da Câmara dos Deputados.
“Eu acho que se a gente não tiver a CPMF, tem um risco de alguns programas importantes, como o seguro-desemprego e proteção ao trabalhador, virem a ter risco. Ao proteger a Previdência Social, [a CPMF] permite que o seguro-desemprego esteja protegido. Para isso que a gente quer a CPMF. Inclusive para o abono salarial. A gente considera que a proteção ao trabalho, o seguro-desemprego, abono, a Previdência, tem de ter os recursos necessários, sem abuso”, declarou o ministro da Fazenda.
 
CORTES E RECEITAS
  • Na avaliação de Joaquim Levy, o retorno da CPMF, vinculado ao financiamento da previdência social, é importante para manter o equilíbrio destas contas em um momento de desaceleração da atividade, que impacta para baixo as receitas. Ele também defendeu a instituição de uma idade mínima de aposentadoria e “firmeza” para combater excessos na concessão do auxílio-doença.
“Alguns lideres entendem que essa contribuição, na verdade, não onera demais as empresas, tem uma base ampla e que merece ser avaliada sem paixões. Evidentemente, podem se encontrar alternativas, mas não necessariamente serão mais eficientes sobre a economia. Se aumenta um imposto sobre a produção, será melhor do que sobre a atividade financeira?”, questionou ele.
“A gente tem de trazer esperança. Se trouxer um equilíbrio solido [nas contas públicas, um orçamento de 2016 adequado, à altura do povo brasileiro, tenho convicção que a esperança vai voltar ao Brasil. Que vai haver mais crescimento [da economia], com as empresas investindo mais e a economia respirando mais. O primeiro passo para cobrar esperança é ter convicção do que a gente está fazendo”, acrescentou.
Proposta de retorno da CPMF
A proposta de retorno da CPMF foi anunciada pela equipe econômica em meados de setembro, como uma forma de tentar reequilibrar o orçamento de 2016 – que foi enviado inicialmente com estimativa, inédita, de déficit. Depois, no meio de setembro, recuou e anunciou um pacote de alta de tributos, contemplando a proposta de retorno da CPMF, e bloqueio de gastos, para buscar um superávit de R$ 43,8 bilhões, ou 0,7% do PIB, para o ano que vem.
A CPMF foi um tributo que existiu até 2007 para cobrir gastos do governo federal com projetos de saúde. Agora, o governo propõe cobrar uma alíquota de 0,2% sobre todas as transações bancárias de pessoas físicas e empresas para ajudar a cobrir o rombo da Previdência Social. 
Imposto sobre grandes fortunas
Durante audiência no plenário da Câmara dos Deputados, Joaquim Levy  também defendeu o programa de regularização de ativos brasileiros no exterior, que o governo busca passar para angariar recursos para levar adiante a reforma do ICMS – tributo estadual.
“Estamos concentrados em fazer passar um imposto sobre grandes fortunas no exterior. É um dos grandes objetivos dessa lei de regularização. Trazer segurança para quem aceitar entrar no programa e ampliar um incentivo para quem já pagou o imposto e cumpre as obrigações. Estamos olhando as grandes fortunas onde elas estão. É uma lei bastante atraente com as alíquotas que ela tem. A pessoa não vai ser obrigada a trazer o dinheiro, não vai ficar com o dinheiro preso”, declarou Levy, acrescentando que as incertezas decorrentes de benefícios fiscais já concedidos cria “enorme incerteza jurídica” e “obstáculos ao investimento”.
Ainda há necessidade de se apertar o cinto, diz ministro
Durante a audiência na Câmara, Levy destacou que ainda há necessidade de se apertar o cinto e de reequilibrar as contas para que o país possa voltar a crescer de forma sustentada. Avaliou também que é necessário um “ajuste rápido” para que a resposta seja também rápida nas taxas de crescimento e de emprego.
“Quando a gente têm as contas publicas em ordem, o crescimento econômico é mais fácil. As pessoas têm mais confiança. Até por que, nessas ocasiões, o risco macroeconômico diminui e as pessoas entendem que podem tomar mais risco. O empresário pode fazer mais investimento. Na famílias, é a mesma coisa. Se têm segurança, [as famílias] entram no crediário. Se não, ficam paradas esperando as coisas acalmarem. É  imprescindivel para o crescimento a segurança fiscal. Saber que mais para frente as contas do governo não terão surpresas negativas”, declarou.

SERVIÇO: opções de investimento para ganhar R$ 8 mil mensais ao se aposentar. Isso é real?

Como investir para ganhar R$ 8 mil ao mês na aposentadoria?
 
Homem empilha moedas
Dinheiro: Consultor recomenda o investimento no título do Tesouro Direto atrelado à inflação
Editado por Priscila Yazbek, de Exame.com
Dúvida do internauta: Tenho 25 anos e já penso na  aposentadoria. No ano passado eu consegui comprar meu carro à vista e agora tenho planos de comprar meu apartamento. Pago um aluguel alto, e não dá para guardar muito dinheiro. Queria comprar meu apartamento em no máximo quatro anos. Devo esperar quitar meu apartamento para começar a poupar dinheiro para a aposentadoria? Quanto guardar por mês para obter uma aposentadoria de 8 mil reais por mês a valores de hoje? Onde investir para que o meu dinheiro renda mais que a poupança e o risco não seja muito alto?
Resposta de Fernando Meibak*:
Você se preocupa com o longo prazo ainda com idade baixa, de 25 anos, o que é muito positivo, pois o tempo conta a favor em um processo de  planejamento financeiro.


As taxas de juros de financiamentos são muito elevadas no Brasil, por isso é ótimo que você tenha adquirido o veículo à vista.
Imóvel para moradia é um tema importante de segurança patrimonial para um indivíduo ou família. O mercado imobiliário no Brasil passará por ajustes de preço para baixo devido a diversos fatores. Por outro lado, as taxas de juros estão muito elevadas. O ideal seria você poupar recursos para a aquisição do imóvel mais adiante, acumulando o maior volume de recursos possível para a compra.
Fique atento aos custos de aluguéis, que também estão caindo com a crise que estamos enfrentando. Talvez seja viável uma mudança para um imóvel de menor custo.
Para calcular uma renda a valor de hoje de 8 mil reais por mês, são necessários muitos dados: data futura para início de uso da renda; prazo de investimento; taxa de juros, etc.
Em um exemplo simples, considerando que você começaria a desfrutar dos rendimentos a partir dos 60 anos de idade, por um período de 30 anos, você precisaria poupar mensalmente algo próximo de 3.800 reais mensais.
A melhor maneira de investir para o longo prazo é utilizar o sistema Tesouro Direto e comprar os títulos Tesouro IPCA. Esses papéis rendem a inflação medida pelo IPCA mais juros. Atualmente estão em patamares acima de 7% ao ano, mais inflação (confira os títulos públicos à venda neste momento e seus rendimentos).
O risco é extremamente baixo, pois são títulos do Tesouro Nacional, que por definição têm o menor risco de um país (veja por que o risco do Tesouro Direto é baixíssimo).
Vá adquirindo títulos ao longo da vida. Escolha um vencimento, como 2035 ou 2050. Ao longo do tempo você irá diluindo os riscos de oscilação das taxas e estará constituindo uma carteira de investimentos muito valiosa.
Se um dia precisar usar os recursos, o Tesouro Nacional tem liquidez diária, ou seja, permite resgatar o valor investido a qualquer momento aos preços do dia. Dado que as taxas estão muito elevadas, você iniciará um programa de poupança em um bom momento.
Caso não tenha capacidade de poupar os valores indicados, invista o que pude, de preferência mensalmente.
* Fernando Meibak é sócio da consultoria Moneyplan, ex-diretor de gestão de investimentos do ABN-Amro Real e HSBC Brasil e autor do livro “O Futuro Irá Chegar! Você Está Preparado Financeiramente para Viver até os 90 ou 100 Anos?”.

domingo, 11 de outubro de 2015

almir 4

Prezados Senhores Parlamentares:
Ref.: Um Veto de Difícil Votação
Aproveitando o reflexo dos holofotes ligados em 1º de outubro para o “Dia Nacional do Idoso”, data que enseja maior atenção para as pessoas que já vivem na terceira idade, caso específico dos aposentados e pensionistas, pedimos vênia aproveitando a relevância da data para pedir desculpas por voltar a insistir no mesmo assunto, que atenta negativamente contra o nosso direito a uma justa e digna cidadania:
>> Votação e quebra do polêmico Veto Presidencial que negou aos aposentados do RGPS o mesmo índice de reajuste do SM, entre os anos de 2016 até 2019, decisão que mais uma vez foi transferida, agora para o próximo dia 06. <<
Prorrogar o prazo de valorização do SM por mais quatro anos através da MP 672/2015, é de fato elogiável, merecendo os maiores aplausos da sociedade por contemplar os abnegados trabalhadores. Já não podemos dizer o mesmo quanto à briga acirrada para a exclusão dos indefesos aposentados, que ainda recebem benefícios um pouco acima do SM, impondo-lhes, arbitrariamente, atualizações com percentuais inferiores à correção do piso!! Que nome pode ser dado a este descabido e injusto procedimento de dois tipos de aumentos diferentes? Covardia, preconceito, discriminação??
Por que essa implicância toda para não estender a todos os aposentados o mesmo índice do SM, por um pequeno prazo de apenas quatro anos, de 2016 a 2019, quando vossas excelências voltarão a discutir a matéria para o ano de 2020 e anos subsequentes? Merecemos paz e segurança neste curto período de tempo, que muitos parlamentares não querem!
Não podem dar ao menos quatro anos de trégua aos aposentados, que já vêm há 17 anos sendo prejudicados e asfixiados? Não podem deixar os velhinhos esfriarem a cabeça da aflição e do constrangimento por apenas quatro anos? Não podem frear por quatro anos somente a degradação contínua e perversa em nossas aposentadorias? Os senhores contrários aos velhinhos estão na contramão do Estatuto do Idoso! Os senhores congressistas querem salvar o Brasil de qualquer maneira da crise econômica, o que é até louvável. Já os velhos aposentados não precisam e não merecem ser salvos, não é mesmo? Já estão mesmo se despedindo da vida… Quanta maldade!
Sugiro aos senhores congressistas que votarão a favor da moralidade que peça um aparte àqueles que discursarem contrários aos aposentados, sugerindo que eles se prontifiquem perante a nação, a abrirem mão de um percentual de seus astronômicos ganhos, para juntamente com os aposentados que serão obrigados a continuar fazendo sacrifícios, a ajudarem o Brasil a sair da crise. O patriotismo aparentado, a grande responsabilidade pela estabilidade da nação e a ânsia de salvar o Brasil a todo custo, arrefecer-se-á!
É na hora do perigo ou ameaça aos seus próprios bolsos que se conhecem os heróis. Salvar o Brasil com os bolsos alheios é muito fácil… Dividam a cota de sacrifícios conosco, mostrando seriedade nos atos que nos querem imputar e aí sim, nos calaremos!
Respeitosamente,

Almir Papalardo.