Caso mudança no cálculo da aposentadoria seja mantida, valor do benefício será “turbinado” em 30%
Alternativa do fator pode turbinar sua previdência em até 30%; confira
Brasileiros passarão a ganhar a integralidade dos R$ 4.366,91 se contribuírem com o máximo possível, um forte incremento frente os R$ 3.711,87 recebidos por homens e R$ 3.056,83 pelas mulheres
Felipe Moreno/InfoMoney
A nova alternativa do fator aprovada na Câmara nesta quinta-feira (14) pode turbinar a sua previdência, aponta o IBDP (Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário). De acordo com eles, um homem com 35 anos de contribuição não terá mais o desconto de 15% do benefício, assim como uma mulher com 30 anos de contribuição e 55 anos de idade também não será descontada em 30%.
Assim, os brasileiros passarão a ganhar a integralidade dos R$ 4.366,91 se contribuírem com o máximo possível, um forte incremento frente os R$ 3.711,87 recebidos por homens e R$ 3.056,83 pelas mulheres. Essa alternativa foi aprovada com 232 votos a favor, 210 contra e 2 abstenções – uma derrota das forças governistas.
Estava presente em uma emenda proposta pelo deputado Arnaldo Faria de Sá, do PTB paulista, à MP 664. Sá tinha uma estimativa ainda maior de quanto o fator prejudicava a previdência dos brasileiros. “A emenda não tem nenhuma mágica ou mistério, é uma soma matemática que vai permitir uma porta de saída. O fator rouba 40% da Previdência do homem e 50% da Previdência da mulher”, afirmou o deputado.
A regra aprovada é a de 85/95. Mulheres se aposentam quando a idade e a contribuição atingir a soma de 85 e os homens 95. Professores se aposentam com 80 e 90. A emenda ainda será incorporada ao texto-base da medida, que ainda irá ao senado.
O fator foi criado em 1999, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, visando postergar as aposentadorias e diminuir o déficit previdenciário. O PT foi contra na época, mas hoje governista, passou a ser favorável ao fator. Enquanto isso, o PSDB votou para o término do fator.
Outra derrota do governo hoje foi a tentativa de aumentar o prazo de afastamento que o empregador teria de arcar antes do pagamento do auxílio doença, de 15 para 30 dias. “Com a proposta do governo, vetada pela Câmara, a mudança seria de grande impacto para empresas, o que afetaria diretamente a economia do país”, afirma Jane Berwanger, presidente do IB
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