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quinta-feira, 13 de novembro de 2014

CUIDADOS DO EMPREGADOR AO PAGAR O EMPREGADO DOMÉSTICO
. Abrir uma conta específica para administrar os pagamentos é uma boa saída. Em especial a poupança, que pode gerar algum rendimento, não tem taxas de administração e nem incidência de Imposto de Renda (IR).
. Faça recibos mensais em duas vias e guarde uma cópia. Detalhe minuciosamente o pagamento, especificando horas extras, adicionais e encargos pagos.
. O recibo pode ser o comum, disponível em papelarias, ou até feito pelo próprio empregador.
. Ao colocar no papel os gastos com o empregado doméstico, vale estimar aumento de custos com alimentação e higiene (se o funcionário se alimenta ou pernoita na casa). Essas informações podem ajudar a definir a viabilidade de pagar vale-alimentação ou demais benefícios extras.
. Lembre-se que o pagamento do 13º salário deve ocorrer em duas parcelas, uma com data-limite de 30 de novembro e, a outra, 20 de dezembro. Sobre a primeira, incide o FGTS total; sobre a segunda, o INSS total.
PROVISÕES AJUDAM A ORGANIZAR FINANÇAS
O controle da jornada é essencial para não haver discrepâncias nos encargos e benefícios pagos, já que horas extras e outros adicionais somam-se à remuneração e alteram o cálculo dos benefícios.
Para não ser pego de surpresa, quem emprega domésticos não pode esquecer também de separar, mês a mês, parcelas relativas a benefícios como férias e 13º salário. É a forma mais fácil de impedir que as finanças de fim de ano da família sejam prejudicadas, diz a advogada e contabilista Christina Pila.
“São benefícios que terão de ser pagos, nem que seja emprestando do banco. O custo de uma ação trabalhista é muito maior”, afirma. Ela se diz uma defensora das chamadas “provisões”. O método de parcelamento adotado na contabilidade de empresas para pagar benefícios de funcionários pode agora ser adaptado às famílias.
Na planilha em que a família organizará o pagamento dos funcionários deve ser reservada uma fatia de dinheiro para cobrir, no fim do ano, o 13º salário, as férias e adicional, e os respectivos encargos.
O contador Mauro Kalinke orienta ainda a acrescentar na conta porcentuais relacionados a possíveis verbas demissionais, como aviso prévio e a eventual multa sobre o FGTS.
Na prática, se o empregado for contratado pelo piso regional paranaense (R$ 914,82), acabará custando, ao mês, pelo menos R$ 458 a mais (R$ 1.372,96). Isso porque encargos, benefícios e provisões somam em torno de 50% do salário. Kalinke explica que o método do provisionamento permite que as despesas extras sejam "fatiadas" por igual ao longo do ano, independentemente do período de férias.

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