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domingo, 30 de novembro de 2014

IDOSO SE ENDIVIDA MAIS E SOFRE COM ABUSOS

 A recuperação do poder de compra das aposentadorias nos últimos anos foi acompanhada por uma explosão de endividamento dos idosos, que têm se tornado vítimas de casos crescentes de abusos financeiros. Nos últimos três anos, o saldo das dívidas de aposentados e pensionistas na modalidade de crédito consignado cresceu 27% (descontada a inflação), de R$ 52,5 bilhões para R$ 66,8 bilhões, segundo dados do Banco Central.
 O aumento é quatro vezes maior que o reajuste real de 5,2% dos benefícios pagos pela Previdência a esse grupo e quase três vezes superior ao crescimento de 7% no número de aposentados e pensionistas, para 42,2 milhões.
Também ultrapassa, de longe, a expansão de 3,7% dos empréstimos consignados a funcionários públicos.
Somente em 2013 o valor dos novos contratos de consignados contraídos por aposentados e pensionistas dobrou, de acordo com o INSS, atingindo R$ 31 bilhões.
Parte desse maior endividamento é consequência de um problema crescente no país: a violência financeira, que representa 21% das denúncias de abusos contra idosos, compiladas pela Secretaria de Direitos Humanos.
Profissionais de saúde, assistentes sociais, promotores e representantes de ONGs relatam que os casos de idosos que têm suas pensões e aposentadorias gastas por familiares são recorrentes.
Contratar um empréstimo exige cuidado
O crédito consignado do INSS tem regras rígidas para evitar que o aposentado se endivide ainda mais ou seja vítima de fraudes e abusos. Entre elas, está o valor máximo dos juros, que não pode passar de 2,14% ao mês. A quantidade de parcelas também é limitada a 60.
As instituições financeiras devem informar, na hora da contratação, o valor total financiado, a taxa mensal e a anual de juros, os acréscimos que tiver, se os descontos serão mensais e a soma total a pagar pelo empréstimo. Outra dica é não fornecer nenhum dado aos agentes tomadores de crédito.

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